domingo, 1 de abril de 2012

LETRAS: KAVOOKAVALA (2002)



FIQUE! FIQUE!
(Letra: Telo, Digão. Música: Marquinho, Canisso, Digão)

Fique, fique, fique
Dando mole aí fique!
Faça o que quiser
Vá pra frente ou vá de ré
Vá para a esquerda ou pra direita
Só não pisa no meu pé
Escuta o que eu te falo
Larga de ser otário
Não pisa no meu calo
Que é para não rolar stress
Tremendo d'um bagulho e ainda se acha sexy
Gastou com as vagabundas um talão de cheques
Cebolão do Paraguai e disse que é rolex
Só deu uma topadinha e já tomou um dorflex
Vai haver separação, um dia, o joio do trigo
Tu fala tanta bosta que dar dor de ouvido
Pensar que o mundo gira ao redor do teu umbigo
Tanta gente pra perturbar, e tu vem folga logo comigo!
Tu tá com medo
Do pesadelo!
Pro seu governo
Não pisa no meu calo que é pra não rolar stress
Falo, falo, falo pra caralho e não me calo
Que os valete é isso mesmo, é carta fora do baralho
Tremenda d'uma galinha quer cantar de galo
Minha palavra é minha arma e é com ela que eu disparo
Homi qui é homi honra os compromisso
É pau pra toda obra, canivete suíço
Traíra toma caldo e rala o rabo no ouriço
Se tu qué me peitar eu vou chamar o Canisso


CROCODILO MEIO KILO
(Letra e música: Digão)

O que você disse não existe
Se tu visse o vazio que tu disse
O que mané fala, não se escreve
Já mudou essa história 20 vezes
Esse coelho que sai da sua cartola
É gato com orelha grudada na cola
Aqui na roça você é muito mal visto
Sua fama de matar os periquito
Drama de novela, tu é rei
Eu sei que você é a melhor que acompanhei
Barganha feio e quer tirar minha moral
Varrer a poeira pra botar no meu tapete
Tu fala que num liga pra din din
Mas falar de bolso cheio é facim
Ato falho, desenrosca do meu pé
O mato feio, sai pra lá do meu jardim
O que é que você quer que não para de falar?
Deixa de encher o saco e me deixa descansar
Não adianta que eu não vou botar lenha pra queimar
Quero ficar na minha cama, ver o jogo e relaxar
Você treme toda vez que vai falar
O bicho pega e já correu pra não brigar
Mete medo só se for da sua cara
Tu é mais bunich que minha jeba revirada
Do avesso, do avesso, do avesso
Você acha que é bonito ser bandido
Crocodilo meio kilo vai penar
Não adianta querer vir na minha cola
Minha escola, eu acabei de te expulsar
Foi, foi, foi, já foi
O que é que você quer que não para de falar?
Deixa de encher o saco e me deixa descansar
Não adianta que eu não vou botar lenha pra queimar
Quero ficar na minha cama, ver o jogo e relaxar
Seu assunto já miou, não tem nada pra inventar


 JOEY
(Letra: Digão, Telo. Música: Digão)

Lá vem o gigante
Quando ela botar a mão
Adormeceu deu
Um choque no chuveiro
Que me deitou no chão
Tá na hora de acochá
Penso nela sem querer
Me animou
Conversa boa
É a mulher e som, nessa ordem
E continue assim
Cara esperto é ligeiro
Quem corre atrás não é o primeiro

Aonde vai você
Ligalize o meu cd
Bota aquele som que o Joey
Mandou prá mim!
Pouco tempo pra viver
Na estrada eu lembro de nós dois
Tempo bom que não se foi
Impeça alguém de me acordar
Realidade é melhor sonhar
Um dia a gente vai se ver
De novo
Meu pai tá preocupado
Aonde esse infeliz está
Amanheceu e eu pelado no chuveiro
Cordei trincando os dente
Acabei com toda a água quente


VENTO CERTO (Água da Mina)   
(Letra: Digão, Telo. Música: Digão)

Não adianta fazer biz
Esse bico eu já cansei de ver você usar
Pára de pisar o pé nesse acelerador
Cerrado seco é fácil de queimar
Mas a seca, ela tem hora pra acabar
Basta uma chuva pra você me ver sorrir
Aqui tem cásca dura de torá
Fecho os olhos pra poder olhar
E ver com quem é que eu quero ficar
E nada nesse mundo aí, me fará desistir
A direção você sabe de cor
Das quedas que eu provei
Você foi a melhor vertigem
Que um homem pode se jogar
Pra onde a gente for
Eu sei que vai voltar
Hoje o vento certo
Me levou daqui
Água da mina que desliza pura sobre mim
Você é mais do que eu sempre quis
Hoje o vento certo
Fez você voltar pra mim
A talagada na menina que me faz feliz
Você é mais do que eu sempre quis
Pra encontrar você eu quase me perdi
E quando anoitecia não conseguia dormir
Com sede de você amarguei que nem jiló
[U ô ô o ...]
Das águas que provei
Você foi a melhor
Hoje o vento certo
Me levou daqui
Água da mina que desliza pura sobre mim
Você é mais do que eu sempre quis
Hoje o vento certo
Fez você voltar pra mim
A talagada na menina que me faz feliz
Você é mais do que eu sempre quis


KAVOOKAVALA
(Letra: Telo. Música: Digão)

Vooka... Vooka...
Kavookavala!!!
Certa feita na fazenda, o sinistro fez visita
Mutilando o meu rebanho de forma esquisita
Procurei por toda parte respostas encontrar
Mas ninguém me disse nada que eu pudesse acreditar
Esse povo é muito doido, já inventaram a nova praga
O motivo da minha ira era um tal Kavookavala
Todo mundo que o viu, fosse mouro ou cristão
Disse que não resistiu e se mudou da região
Até Timbó Mané, cara que nunca pede arrego
Ao deparar-se com o bisonho, se desmaiou de medo
Não podia ser verdade, seria feio assim?
Disseram que por onde andava nem crescia mais capim
Não sou homi de loucura, nem de briga ou me vingar
Dei um berro em minha fúria: "Esse bicho eu vou pegar!"
Sem conversa fiada, fiz promessa de homem
Que se esse bicho eu não pegasse, eu trocaria até de nome
(O quê?)
Sem medo e nem frescura, fui caçar o bicho no mato
(Hã?)
Sem esquecer da minha garrucha, provisões e um bom casaco
(O quê?)
Passei noites em vão, muito frio e escuridão
(Hein?)
Entretanto aquela noite, eu também vi a aberração
(Ahh... mentira!)
Será o filho do capeta, tão horrível a besta-fera?
Deve ser de outro planeta, pois da Terra é que não era
Pra parar com a bagaceira, só garrucha até no talo
Mirei mira certeira, preparando o meu disparo
Pra dar o tiro certo, com toda precisão
Atiro entre uma batida e outra do meu coração
Mas será o Benedito? Muito fraco espirrei
Que espirro véi maldito, e o meu tiro eu errei
Com o barulho do pipoco, urrou a aberração
E veio feito louca na minha direção
Chegou a minha hora, e é agora que eu tô frito
Queria ver a minha cara quando eu dei aquele grito
Berrei um som do inferno bem mais feio que de um cão
Assustado com meu berro, ele morreu do coração
A cabeça decepei e o corpo eu dei pra NASA
Não pôs fé no que eu contei?
Vem ver o crânio, tá lá em casa
(O quê?)
O couro esfolei, deu um trabalho do cacete
(Hã?)
Deixei secar no sol e hoje uso de tapete
(O quê?)
E na praça da cidade, mil estátuas colocadas
(Hein?)
E embaixo está escrito que eu matei Kavookavala
(Ahh..mentira!)


EL MARIACHI
(Letra: Digão, Telo. Música: Digão)

Quantos motivos estão escondidos
Olha que a vida ainda nem começou
Quantas histórias nessa trajetória pequena que o tempo levou
O velho abrigo, não está destruído
Nem digo onde vou
Nem toda derrota precede a vitória
Quem foi quem perdeu, quem ganhou?
Quando as gotas de lágrimas caem
São pelas mesmas palavras dos lábios que saem
Sinceridade nem sempre faz bem
E se a verdade não vai libertar
Ontem eu vi você sorrir pra mim
Como num sonho distorcido
E sem final feliz
Quando as gotas de lágrimas caem
São pelas mesmas palavras dos lábios que saem
Sinceridade nem sempre faz bem
E se a verdade não vai libertar
Quando as gotas de lágrimas caem
São pelas mesmas palavras dos lábios que saem
Sinceridade nem sempre faz bem
E se a verdade não vai libertar


MAS VÓ
(Letra: Telo. Música: Digão)

Apesar de tanto tempo pra encontrar a paz
Coitado do homem no caminho ele tropeça demais
Olhem e vejam só o que foi que ele fez, coitado do homem no caminho
Tropeçou mais uma vez, esse coitado para encontrar a paz
Tropeça, cai de queixo, já nem olha para tras
Já perdeu as contas que o sistema fez
Se julga o super-homem tropeçou mais uma vez
Apesar de tanto tempo pra chegar à lua
É tanta miséria e fome o pesadelo é que a vida continua
Esse coitado pra encontrar a paz
Coitado do homem no caminho ele tropeça...
Apesar de tanto tempo pra chegar à lua
É tanta miséria e fome o pesadelo é que a vida continua
Esse coitado pra encontrar a paz
Coitado do homem no caminho ele tropeça...
Só que em pingo d'água ninguém nunca deu um nó
Surdo é cego dos ouvido já dizia minha avó
Se algo deu errado, não é tão ruim assim
Se ainda não deu certo
É por que não chegou no fim
Mas vó o mundo anda cheio de cabra safado
Tirador de onda, atrasador de lado
Com sede de sangue, fama e poder
Em vez de ajudar ele atrapalha você
Assim que a gente cai
E pede pra ajudar
Ele te estende a mão
Só pra empurrar!
Com sede de sangue, fama e poder
Em vez de ajudar ele atrapalha
Mas muleque fique esperto
Não vá se igualar
Essa gente tão perversa pode te contaminar
E essa maldade te fazer ruim
Cuidado fique esperto
Que ainda não chegou no fim.
Só que em pingo d'água ninguém nunca deu um nó
Surdo é cego dos ouvido já dizia minha avó
Se algo deu errado, não é tão ruim assim
Se ainda não deu certo
É por que não chegou no fim
Só que em pingo d'água ninguém nunca deu um nó
Surdo é cego dos ouvido já dizia minha avó
Se algo deu errado, não é tão ruim assim
Se ainda não deu certo
É por que não chegou no fim


PRINCESINHA
(Letra e música: Telo)

Gamei na coisinha linda e ela dá alguns mole pra mim, tremenda de uma princesa linda, fina flor do meu jardim
onde eu passo imaginando poesia que é pra musicar...
escuta essa canção que eu fiz pra te cantar...uoouoo
Princesinha linda do meu coração, conquistada na malícia, com esse jeito de felina, abala mais que bala de canhão.
Princesinha...(3x)
Ela é minha......
Princesinha linda do meu coração, conquistada na malícia, com esse jeito de felina, abala mais que bala de canhão.
Ela é minha......
Princesinha...(3x)


UABARRÊBA
(Letra: Digão, Telo. Música: Digão)

Não há barreira que possa segurar
A pororoca que vem lá do mar
Dessa maneira você pode rir
Eu quero ver o cabra macho que não vai chorar
Nem barulheira que possa impedir
Se bate sono eu quero dormir
E nem porteira forte de porte que suporte
Essa boiada ainda vai fugir
Tudo vai ruir
A labareda sobe o vento morde
Fura o céu, aquecendo o ar
Sonhei contigo, 24 no bicho
Com esse olho doido como quer enxergar?
Que cê faz aqui?
Se adianta!
Todas empinadas estão lindas demais
Cantam em verso e trovas as ações que atraem a fúria do planeta
Tão plantando o ódio, querem colher a paz
Safo pelo gongo antes que o fim passe por aqui
Vê se não arreia, sacode essa poeira
Que é besteira não querer mudar
Sol com peneira, você sabe disso
É pior que maçarico para te queimar
Ô sua parteira, faça a sua parte
E reparte antes de partir
Nossa chuteira agora é passe livre
Bola na rede é o que me faz sorrir
Que cê faz por mim?
Se levanta!
Todas empinadas estão lindas demais
Cantam em verso e trovas as ações que atraem a fúria do planeta
Tão plantando o ódio, querem colher a paz
Safo pelo gongo antes que o fim passe por aqui
Não adianta
Eu li, tá escrito o que é melhor
A bula pra curar pavor
Aperta o cinto, vai subir
A minha treta hoje foi menor
Eu sigo meu caminho e não corro só
Prezo todos meus amigos que se foram
Mamãe, quero saber onde isso vai dar
Nossos filhos não merecem pó
Eu sei, o que acredito é em dó maior
Se lembra que o mundo não se fez sozinho?
Está louco de cara, falei pronto, e fim


ATITUDE SEVERA
(Letra: Telo, Digão, Gabriel. Música: Marquinho, Canisso)

Aêê, você diz
Que eu não faço nada
Só que peixe que não nada
Minha amiga é preso pelo anzol
Paiêê, me deu a pala certa
Que o canário sem gaiola
Canta mais que Agnaldo Raiol
Daêê, se não quer dar me empresta
Se é tudo que me resta
Cobertor de orelha não é lençol
Aêê, nessa bunada não vai dinha
Tu faz pose de princesa
Mas eu sei que você é malvadinha
Pra entrar nessa boléia
Só tem uma condição
É ferro de marcar gado
Direto no coração
Se o assunto é resistência
Atitude é ser peão
Vi cachorro com marmita
E não era um campeão
Aêê, Quem é dessa roda
Não arreda o pé
Butinada na orelha
E seja lá o que Deus quiser
Fundi, no motor dela
A minha biela
Quando chega na ladeira
Pode crer que eu meto é na banguela
Veio querendo tudo
Aquela noite foi virada
Apliquei quebra costela
Deixei toda esfolada
Minha calça é boca larga
Meu perfume é gasolina
O meu colo é a carona
Onde eu levo essas menina


PEGAMUTUKALÁ
(Letra: Mr. Catra, DJ Leandro Neurose, Telo, Digão. Música: Marquinho, Digão)

Carona de ouvido
Eu não quero revidar
Pega onda não rabeia
Deixa essa merreca lá
Cerimônia busca a pé
Dá um jeito de solver
Circula todo sangue
Não deixa mais ele escorrer
Encontrei um novo pico
Todo dia eu tô lá
Só de ver já me instiga
Boto o bico pra rasgar
Sem miséria essa preza
Não é oferta pra você
E quando tu quiser
Você pode ir lá me ver
Chove muito forte
Eu tô dentro
E tô contente
Fiz um corte na parede
E botei o pé na frente
O forte é a amizade
E o cansaço é que detona
A bateria recarrega
O periscópio veio à tona
Não depende de você
Que faz o bonde andar
Porque sem motor e roda
Não adianta empurrar
O vento não é fraco
E decolar sem rabiola
Levantar desgovernado
Jararaca deita e rola
Òh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Cadê o isqueiro
Demorô formar
O bonde dos ...
Hey! Hey! Hey!
Pegamutukalá
Eu dô 1, 2, 1, 2, 1
E não consigo encontrar problema algum
Não sei porque
Isso é proibido e
Se você não concordar comigo
Por favor amigo, me diga o motivo
É triste saber
Que o homem não pode fazer
O que ele quiser e o que ele bem entender
É tempo de parar e analisar
Regras que a sociedade lhe injeta
E você não para pra pensar
Só concorda e não tem própria opinião
Se você é mais um desses
Me escuta, presta atenção
Uma coisa me deixa um tanto quanto puto
Das pessoas que tem a velha opinião
Formada sobre tudo
Aceita o que é imposto e não tem um ideal
Caia na real, caia na real
Caia na real, caia na real
Caia na real, caia na real
Pode vir quem for da lei
Tu pensa que eu não sei
Peçonhenta dá o bote
Mas eu sempre esquivei
Passei por cada uma
Muita história pra contar
Sabe a mesa do tenente?
Já deixei mutuca lá
Perdi até as contas
De tanto que engoli
Uma grande quantidade
Já me deu um piriri
Cadê aquela ingrata
Que ficou com meu finim
Saiu pela tangente
Sorrateira e de mansim
Pegamutukalá, pegamutukalá
Pegamutukalá, pegamutukalá


BAIXO CALÃO
(Letra: Telo, Digão. Música: Canisso, Marquinho, Digão)

Vive em desespero
Quase pra morrer
Eu vejo todo dia
Isso pode acontecer
Morre um Zé sem nome
Já é coisa natural
Cês levam a vida doce
Enquanto o outro tá no sal
Viver num pesadelo
Não acordar um só dia
A gente quer sossego
E só recebe agonia
O meu endereço
Daqui a pouco é o manicômio
Só tem cabra batuta
Mutilando o patrimônio
Que ordem e progresso
Vocês causam a nação?
Ninguém aí é homem
Essa cambada de ladrão
Cês são meus inimigos
Tudo um bando de safado
Querem me calar a boca
Só que eu não fico calado
Não, não, não
Cambada de cuzão
Querem me calar a boca
Com a mordaça na mão
Tu e tua família
Vão sentar no pau do cão
Todo mundo junto vai!
Baixo Calão
Vão, vão, vão
Ver a minha vingança
Agora eu embirrei e vou
Berrar feito criança
Há, há, há
Não pode me calar
Blá, blá, blá
Agente vai gritar
Baixo Calão
Te quebro na porrada
Com golpe de kung fu
Te mando logo o dedo e grito
Vai tomar no cú!
Quanto mais a gente berra
Vocês fingem que não escuta
Dando de suíno moco
Corja de filhos da puta!
Cês roubam o dinheiro
Pensando que ninguém viu
Furto feito pelas coxa
Vai pra puta que pariu!
Por de baixo dos panos
Tão ficando milionário
Tarradores da bufunfa
Vão pra casa do caralho!
Já tá chegando a hora de vocês morrê!!
Muitos morreram de fome
Não merecem viver???
Muito mendigo na rua
Isso é mau sinal
Democracia brasileira
Ordem e progresso
Tudo em nome do mal

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