sexta-feira, 30 de março de 2012

LETRAS: LAPADAS DO POVO (1997)



ANDAR NA PEDRA
(letra: Rodolfo, Digão e Canisso – música: Digão e Rodolfo)

Ia pra praia sempre sem chinelo
E tinha o peito-do-pé amarelo
A sola grossa era feito um pneu
Corria sempre muito mais que eu

Andar na pedra, mulek, em cima da pedra
O novo som vem da lapada do povo falando merda
Porque a planta do pé dói mais quando pisa nas pontudas
Escolho as mais redonda que chama pedra buchuda
Caminha pela trilha que leva por outra trilha
E lá você vai ver a queda d’agua e que senhora queda
Lhe peça pra limpar do mal que a tanto tempo assola a Terra.
Pra saber só quem erra que sangra o pé na subida da serra.

Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga

Segura a onda, menina, levanta a saia
Eu fico louco ela me enrola e me ensina o rumo da praia
É que o pintor falou que o lado do quadro não tá pra cima.
Conserta que isso é mal da parede que contamina.
Mas feio do que chinela havaiana a farda de cana é brega
O mato vai crescer no Samanda que ali não pega.
Rumando a rocha eu sigo a dobra
E deixo a onda vir como ela vier
Água me leva e é nisso que eu ponho fé

Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Carcaça grossa deixa a marca no chão


VÉIO, MANCO E GORDO
(letra: Rodolfo, Digão e Canisso – música: Digão)

Cansei de dizer
Que você tem que parar de comer agora,
Dorme cedo, acorda cedo e corre subindo a ladeira
Se o joelho doer quem mandou não aquecer,
E no fim do dia vai ver que não foi em vão essa canseira
E se é ruim no futebol, passa mal se toma sol
No surf ainda é pior, quem vê pensa até que é brincadeira
Aprende uma lição computador não é malhação.
Com o bucho arrastando no chão é impossível perder essa pêra

Tome cuidado irmão com a bicicleta
Você pode tombar, cair no chão e rasgar a venta
Se te leva pra correr com o Manel você não aguenta
Se te leva pra dropar nas merreca você nem tenta

Seu véio, manco, gordo
Véio, manco, gordo
Eu já cansei de dizer que você tem que parar de comer,
Senão estoura e a pança vai doer
Senão jogar fora a lancheira
Pra quando crescer você não ficar feito uma bola
E ficar fora das peladas que rolam na terça-feira
Leve feito uma vaca velocidade de foca couro de cobra
Come tanto que o bucho dobra
Aprende uma lição "sumô só é lindo no Japão"
Com o bucho arrastando no chão vê se tira o rabo da cadeira

Tome cuidado irmão com a bicicleta
Você pode tombar, cair no chão e rasgar a venta
Se te leva pra fazer um rapel você não agüenta
Se te leva pra dropar nas merreca você nem tenta

Seu véio, manco, gordo





O TOCO
(letra: Rodolfo, Fred e Canisso – música: Canisso, Rodolfo, Fred e Digão)

Levanta véio a idéia fede mas essa suja as bordas
Culpa do Fred não lembrar quando acorda
Tava num show maneiro tocando num som fuleiro
Parece Tora Tora só que uma versão só com viola

Bem na metade do show tinha uma explosão
Queimou a cidade no pipoco do trovão

Foi quando veio Dona Coisinha com uma renca de filha
Pedindo autógrafo pra toda família
E quis ficar no meio com assinatura bem no bico do seio
Fico na minha puxo a seda, a véia vem com recheio

De qualidade planta do Maranhão
Da majestade

Fiz um toco grande e frouxo
Pra ficar com o olho roxo
Queimar meu dedo no fim
Ela veio trazendo o peso
E eu com medo de ser preso
Pintar meu dedo no fim

Quando a casa cai,
Não tem parece pra armar minha rede
Vieram os home já gritando meu nome
Baixando o pau nas visita e eu fiquei puto
Porque em moça bonita não se bate
Então virei lobisomem e era lua cheia
Cachorro magro foi comendo na peia
Deixou deitado mais de vinte soldado
E a véia agradecida quis dar um beijo de despedida
E ele acordou em cima da hora
Que a véia tava em cima de mim

Fiz um toco grande e frouxo
Pra ficar com o olho roxo
Queimar meu dedo no fim
O cheiro invade a sala do doutor
Ela veio trazendo o peso
E eu com medo de ser preso
Pintar meu dedo no fim
Se não faz mal alivia a dor


POQUITO MÁS (HEALTHY FOOD)
(letra e Música: Rodolfo e Digão)

Quem foi que viu o cabra da cabeça grande
Dando um gole na porção que a Dona Lídia preparou
Disse que o bicho deu um pulo e num instante
Se ouviu um assovio e o coc ão desinchou

Ou isso é obra divina
Ou milagre na medicina
Ou tá até hoje sem dar a vacina

Aquela gatinha era mais bonita antes
O tempo veio e a feiura dominou
Ficou tão mole que foi preciso uns implantes
E o cabelo que era lindo nunca mais penteou

Oh mas que estria comprida
Oh que coleção de ferida
Oh tá até hoje sem dar, minha filha

Se isso não sai com banho de gasolina - pegue um trem
Pra Teresina que lá tem com que banhar - e vão mandar
Tomar o chá de flor-de-cajuína - ô cherin bom
Adeus menina deixo um beijo eu vou voltar

E Seu Osvaldo intrigado chegou pra filha e disse assim:
_ Mariazinha vamos visitar o doutor
Ela assustou o motorista na corrida
E a enfermeira coitadinha quando viu desmaiou

Ou pode ser dor de barriga
Ou ficou com raiva da amiga
Ou tá até hoje sem dar, minha filha

Se isso não sai com banho de gasolina - pegue um trem
Pra Teresina que lá tem com que banhar - e vão mandar
Tomar o chá de flor-de-cajuína - ô cherin bom
Adeus menina deixo um beijo eu vou voltar

Se isso não sai com banho de gasolina - pegue um trem
Pra Teresina que lá tem com que banhar - e vão mandar
Tomar o chá de flor-de-cajuína - ô cherin bom
Adeus menina deixo um beijo eu vou voltar


WIPE OUT
(letra: Rodolfo - música: Digão e Rodolfo)

Corte na vala moleque doido rasgando feito uma bala
O toco podre roda o leque e se dormir lá dentro o sono some
É no barril que a gente esquece do nome
Que o couro come e o pau rela no chão que rala
Pra entrar você não é tão forte quanto pensa
A reza é braba Iemanjá foi quem mandou a bença
Para te lavar chegou a sua vez de ir pro fundo
Pegue ar e se prepare pra acordar em outro mundo

Wipe Out eu não consigo varar
Wipe Out é a maquina de lavar
Wipe Out eu te falei que a bancada aqui é rasa
Wipe Out eu não consigo varar
Wipe Out a betoneira do mar
Wipe Out bate uma foto, eu preciso de uma foto

Se eu fosse você botava pra baixo ia lascar o peito no deck da frente
Cortava mostrando os dentes com o pé na cabeça braço nas costas
Eu te falei que eu só deixo ficar aqui gente que gosta
A diversão é o principal, a seleção é natural
Pra ficar com a mente limpa uma lavada com água e sal
Pensa logo, corre logo e vare antes que ela cresça
Me mandaram jogar mais uma série na sua cabeça

Wipe Out eu não consigo varar
Wipe Out é a maquina de lavar
Wipe Out eu te falei que a bancada aqui é rasa
Wipe Out eu não consigo varar
Wipe Out a betoneira do mar
Wipe Out bate uma foto, eu preciso de uma foto


CC DE COM FORÇA
(letra: Rodolfo e Digão – música: Rodolfo)

Não sei porque toda a vez
Que ele vem vindo vem quebrando tudo,
Entortando poste, batendo em véi barrigudo
E só toma um banho por mês
Que é pra ficar natural
Fedendo a onça espanta as moça é perfume de alho é sal
Vem pondo fogo no couro queimando as planta
Derrubando o toco seco onde o sabiá canta
Quem tá perto segura o tranco
E a tosse que chega fecha a garganta e seca a venta
Nem quem for corno não agüenta

Destrói um carro novo
Quando o Mengão faz um golaço
Esse é o cheiro do povo
É o poder que vem do braço

Fumacê brabo e a catinga é forte
E fica indigesto depois de praticar um esporte.
Lá na França, quem é chic deixa a axila azedar
Pra ficar feito o Maguila,
E o com o tempo o cheiro muda
Conforme o costume, desculpa pra não se banhar
Fizeram altos perfumes
Só que aquele queijo verde velho ali não nega,
Eu não consigo relaxar, isso estraga a galega

Destrói um carro novo
Quando o Mengão faz um golaço
Pior que peido de ovo
É o fedor que vem dos braço

Vem devastando feito bomba H
Pra quem tem narizinho fresco é arma popular
Toda a polícia na rua, o povo gritando
A baforada dos braços anunciando
Que a porrada é braba e se não por
Álcool isso não acaba só matando
Pode vir quente que eu tô borbulhando


CRUMIS ÓDAMIS
(letra: Rodolfo - música: Rodolfo, Digão e Fred)

A diferença entre um trator e uma beringela
É a proporção equivalente ao bem que eu sinto por ela
Isso é verdade
Na minha casa eu pego a faca e faço um furo
Pra olhar do outro lado o sol que tá ficando escuro
Vem cá mulher que você está bem arranjada vou chupar seus olhos
E arrancar seus beijos na dentada e vou comer de colher
Que é minha marca registrada e vou tão forte
Que o quarto fica fedendo a carne assada
Fico acordado mesmo morto de sono
Doido enrolado no ritmo que ela vai me impondo
Pra cada uma a palavra certa, a hora e o lugar
Só que onde eu moro não tem nenhuma pra eu olhar.
(Eu sei que tem) eu sei que tem gosto pra tudo
A moda vai, a moda vem, o tempo passa e eu não mudo
E até pensando bem filho da puta de um sortudo
Durmo mal, comendo bem, fazendo grana pelo mundo

Vou chamar minha mãe
Que alguma coisa deu errado aqui
Vou chamar minha mãe
Sou local de Serra Pelada

Terra que tá sempre nua é toda cavucada
E qualquer um encontra o ouro naquela danada
Dizem que lá tem cachoeira e até campo de futebol
E que o dourado da calçada brilha mais que o sol
É a mulher que chama o homem pra dança
E só quem não tem limusine são as crianças
Eu vou voado sou do povo do cerrado
Eu tou na estrada e se apertar deixe que
Eu passo de lado de lado

Vou chamar minha mãe
Mosquito que não me deixa dormir
Vou chamar minha mãe
Sou local de Serra Pelada


BONITA
(letra e música: Rodolfo)

Pra que deixar de fora
Se lá dentro é que tá quente
Quando encontrar com ela
Vou deixar a marca dos dente

Vou voltar pra ver o filme da metade
Isso passa todo dia bem em frente

Pode sentar no colo
Que aqui ninguém vê a gente

De olho fechado eu mordo forte ela nem sente
Que raiva do avião que te levou daqui

Ela me disse: é tarde e mertiolate arde que só
O cheiro me faz dormir - sempre
Sem você na cidade tudo que tem lá também sumiu
Diz que horas são, que eu vou dormir

Linda, tudo que eu vejo é verde
Menina gente grande é a minha mão
Ninar você na minha rede
Pra gente se encontrar num sonho bom

De olho fechado eu mordo forte ela nem sente
De volta no avião eu vou subir

Ela me disse: é tarde e quando voltar vai ser melhor
A gente nem vai dormir - nunca
De volta na cidade eu vou acelerando a mais de mil
Diz que horas são, que eu vou subir


UI, UI, UI
(letra e música: Martin Luthero (Telo)

Quem botou Bob no rabo do porco
Quem fez maldade com meu bem
Tiraram o acento o cocô virou coco
Puseram mais dois zeros, 1 agora é 100

Olha só que doido, que maluco louco
Fiz força no banheiro pra cagar, peidei.
Me desfiz no banheiro no maior esforço
E no melhor da festa fui peidar, caguei.

Certa vez me apaixonei por uma garota
E nessa garota eu nunca confiei
Porque ela me dizia: - "bota a mão no fogo."
Eu pus a mão no fogo: _ Aí! Me queimei!

(Ui, ui, ui eu me queimei) eu me queimei
Fiz força no banheiro pra cagar, peidei
(Ui, ui, ui eu me queimei) eu me queimei
E no melhor da festa fui peidar, caguei.


OLIVER'S ARMY
(letra e música: Elvis Costello)

Don't start that talking
I could talk all night
My mind goes sleep walkin'
While I'm puttin' the world to right
Call careers information
Got yourself an occupation

Oliver's army is here to stay
Oliver's army are on their way
And I would rather be anywhere else
Than here today

There was a checkpoint Charlie
He didn't pack a smile
But it's no laughing party
When you've been on the murder mile
Only takes one inch of trigger
One more widow, one less white nigger

Oliver's army is here to stay
Oliver's army are on their way
And I would rather be anywhere else
Than here today

Hong Kong is up for grabs
London is full of ab's
We could be in Palestine
Overrun by the chinese line
With the boys from the mersey
And the thames and the tyne

But there's no danger
It's a professional carrer
Though it could be arranged
With just a word in Mr. Churchill's ear
If you're out of luck or out of work
We could send you to Johannesburg

Oliver's army is here to stay
Oliver's army are on their way
And I would rather be anywhere else
Than here today
And I would rather be anywhere else
Than here today
And I would rather be...


NARIZ DE DOZE
(letra: Rodolfo e Digão - música: Rodolfo e Canisso)

Calamidade, tu viu que diabo foi aquilo que passou
Cumpade, caiu pra lá do outro lado do rio
Minhas vacas entraram tudo no cio
E a fumaça das abelhas de noite queimando a tchara
A água do poço tá salobra os peixe agora "fala"
O meu cavalo come e caga tanto que enche uma vala.
Parece que o mundo todo ficou doido
E eu fiquei de cara pede pra parar só que não para não
Um bicho verde me assustou quase tive um enfarte
Quando olhei para o pasto estavam por toda a parte
Minha espingarda carregada disse:
Eu tô preparada, vamo simbora receber o povo de Marte

Nariz de doze
Fala boca de tucunaré, boca de bote
Levanta, narizinho de morotó.
Tiro bufado pegue a de cano serrado que é melhor.
Venta de jibóia
Boca de gigante, vá chamar beiço de bóia
Que tromba de elefante tá chegando.
Tá na hora de cozinhar vamo comer de dois canos

Foi só na lata beiçudo cuspindo fogo na mata
_ Devagar, cuidado com o gado pra não errar.
Chegou a pouco de fora e não sabe nem as horas,
Boca de abóbora, chame o caboclo que rouba o ar.
_ Com um nariz desse tamanho tu erra o tiro
E o terremoto se a pólvora entrar e tu der um espirro
_ Mas se você boceja agora engole a Terra,
É bem melhor que acaba a guerra
E os marcianos vão falar mais fino.
_ Ei, de onde vieram esses mulek feio.
Cabeça de abacate com os olhinhos de japonês e essas pistola.
Isso é artefato de boiola, Acho que eu vou comer a bala
Ao mesmo tempo que o Digão sola

Nariz de doze...


PEQUENA RAIMUNDA (Ramona)
(Douglas Colvin, John Cummins, Jeff Hyman - Versão: RAIMUNDOS)

Olhe só Rodrigo,
Rodolfo, Fred e Canisso
Feia de cara mas é boa de bunda
Olhe só é a pequena Raimunda

Se ela tá indo até que dá pra enganar
Se ela tá vindo não é bom nem olhar
Ela de 4 fica maravilhosa
na 3x4 é horrorosa

Shit, shit pequena Raimunda
Bunda de sonho a cara é um pesadelo
Shit, shit pequena Raimunda
Parece até a namorada do Telo

Quando eu a vejo eu vou correndo pro bar
Encher a cara e conseguir encarar
Ela de 4 fica maravilhosa
Essa bundinha ela vai ter que virar

Uuuhh a pequena Raimunda
Uuuhh a pequena Raimunda
Uuuhh a pequena Raimunda
Uuuhh

Olhe só que bnitch
Com essa menina eu dou vinte
Se assim tá feia é só rodar que ela muda
Olhe só é a pequena Raimunda

Quando eu a vejo eu vou correndo pro bar
Encher a cara e conseguir encarar
Ela de 4 fica maravilhosa
Essa bundinha ela vai ter que virar

Uuuhh a pequena Raimunda
Uuuhh a pequena Raimunda
Uuuhh a pequena Raimunda
Uuuhh


BAILE FUNKY
(letra: Rodolfo, Digão e Canisso - música: Dogão e Rodolfo)

Essa mulher tá me olhando
E me dizendo que me quer no meio
Funk baile funky
Moça bonita do jeito que a nêga grita
É na lapada
Nós vamos tirando o sangue

Sul, essa mulher tá me dizendo
Que a vontade dá no sul
A bússola tá me dizendo que ela tá no sul

Você com a arma do lado
Tome cuidado na briga que esse rei na barriga
Tá ficando velho
Alto lá nego doido
Tá com medo pra que veio
Tá com perna bamba de quem vai morrer

Eu tô cansado da TV e do bombardeio da moda
Manda comprar tudo que eu ver
Tudo que ela tem pra vender
Eu tô cansado eu sou um calo nos dedo
Da mão na roda
Que não para de crescer
A lei não sabe a diferença o que é ser e ficar louco
O remédio é tão forte que mata cada dia um pouco
Se todo excesso fosse visto como fraqueza
E não como insulto
Já me tirava o sufoco

A porta tá sempre aberta pro povo

Casca do cerrado chegaram os mortos de fome
Sujeira de outra parte que vem pra sujar seu nome
Eu te falei que o ladrão que rouba mesmo
É bem vestido e eu vi de monte
Essa zoada no telhado é o vento que a vida leva
É o pensamento antiquado, te apaga queimando a erva
Enraizado fica o dono do pé que finca na terra
E faz a ponte
Povo de Zé ofensa

É na igreja que o povo esvazia as bolsa
Tem quatro santos, três queimando o kunk

Decidindo o destino dos outros como se fosse Deus
Atrás da mesa o açougueiro comanda
E a intolerância me manda de novo pro banco dos réus
Armando com propaganda.
Naquela teia de aranha tem cobra, cachorro e rato
E o remédio pra matar é verde e feito de mato
Chegou a hora de mudar, de por sangue novo
E deixar essa porta sempre aberta pro povo

Casca do cerrado chegaram os mortos de fome
Sujeira de outra parte que vem pra sujar seu nome
Eu te falei que o ladrão que rouba mesmo
É bem vestido e eu vi de monte
Essa zoada no telhado é o vento que a vida leva
É o pensamento antiquado, te apaga queimando a erva
Enraizado fica o dono do pé que finca na terra
E faz a ponte

A justiça não me olha porque é cega
Mas o seu dinheiro na carteira ela enxerga
A lei do cão não é nada mais que a própria lei do homem
E quanto mais eu olhava aumentava a crença
De que o guarda do seu lado não é nada que você pensa
Pro povo do cerrado
Do alto do Colorado
Tem outro nome
Povo de Zé ofensa

LETRAS: CESTA BÁSICA (1996)



INFELIZ NATAL
(Danillo Carvalho - Paulinho Direto)

Na sua casa tem ceia
Na casa dele não tem
Na sua casa tem compaixão
Na casa dele compreensão

Infeliz Natal x4

Na sua casa tem alegria
Na casa dele não tem
Na sua casa muitos amigos
Na casa dele apenas solidão

Infeliz Natal x4


A SUA
(Letra e música: Digão)

Time has turned this lie to true
All the things I've done I did to you
But I'm tired to live my life this way
And some day I'll say the things I got to say

I'm tired of believing in you, girl
I tried to believe in you
Cause you're so close to my mind


And I don't know exactly why
But I've forgotten how to live
The reason that changed my life
I just wanted to forgive

And you know better than anyone
That I wanted you 'till the end
But my feelings doesn't make no difference now
It's hard to understand
That I'm tired of believing in you, girl...


PAPEAU NUKY DOE
(letra: Rodolfo Abrantes e Canisso - música: Raimundos)

Pra agradar mulher
Faço qualquer esforço
Me lembro da namorada
Que eu tive quando moço
Ela era linda e gente fina
Rica, modesta e felina
Melhor forma feminina
E seu olhar é chumbo grosso

Só que ela tem a vista ruim
Quase que ela não me vê
Uma garota tão legal
Pena que enxerga tão mal

Tanta mania menina fobia loca
Tira essa roupa quase ofusca os meus ói
Se lembra quando fomos jantar à francesa
Tu pediu papeau nuky doe

Se eu fosse um pouco maiorzin
Ia fazer ela tremer
Olha o que eu ganhei no Natal
Um aumentador de pananananal

Eu gosto é de Natal
Então pega no meu pananananal
Eu gosto é de Natal
Então pega no meu pananananal


MERRY CHRISTMAS
(I DON'T WANT TO FIGHT TONIGHT - Ramones)
(Joey Ramone)

Merry Christmas, I don't want to fight tonight with
Merry Christmas, I don't want to fight tonight (x 2)
Merry Christmas, I don't want to fight tonight with you

Where is Santa?
At his sleigh?
Tell me why is it always this way?
Where is Rudolph? Where is Blitzen, baby?
Merry Christmas, merry merry merry Christmas
All the children are tucked in their beds
Sugar-plum fairies dancing in their heads
Snowball fighting, it's so exciting baby
I love you and you love me
And that's the way it's got to be
I loved you from the start
'Cause Christmas ain't the time for breaking each other's hearts

Where is Santa? At his sleigh?
Tell me why is it always this way?
Where is Rudolph? Where is Blitzen, baby?
Merry Christmas, merry merry merry Christmas
All the children are tucked in their beds
Sugar-plum fairies dancing in their heads
Snowball fighting, it's so exciting baby
I love you and you love me
And that's the way it's got to be
I loved you from the start
'Cause Christmas ain't the time for breaking each other's hearts

Merry Christmas, I don't want to fight tonight (x 2)
Merry Christmas, I don't want to fight tonight with... you


BODIES
(Sex Pistols)
(Sid Vicius / Paul Cook / Steve Jones / Johnny Rotten)

She was a girl from Birmingham
She just had an abortion
She was a case of insanity
Her name was Pauline she lived in a tree
She was a noone who killed her baby
She sent her letters from the country
She was an animal
She was a bloody disgrace

Body I'm not an animal (x2)

Dragged on a table in a factory
Illegimate place to be
In a packet in a lavatory
Die little baby screaming

Body I'm not an animal
Mommy I'm not an abortion

Fuck this and fuck that
Fuck it all and fuck the fucking brat
She don't want a baby that looks like that
I don't want a baby that looks like that

 Body I'm not an animal
Mommy I'm not a shit

LETRAS: LAVÔ TÁ NOVO (1995)



TORA TORA
(letra: Rodolfo – música: Rodolfo e Digão)

Se ela tá gemendo é porque eu sou um cara legal Se ela tá tremendo é que ela gostou do meu pau Se ela tá gritando é que ela tá querendo mais Se ela tá berrando é hora de meter por trás Tora Tora É isso aí moleca doida É que a moçada da minha áreaSó para quando sua bola do olho Pula fora O corpo fala tem sensor ativo É o que me faz vivo Então se agacha e chupa A rola agora Bye Bye, não conta pro teu pai Essa é a manha da ariranha Tu diz - "Vem", ele não vai Igual cipreste Só compre coisa que preste Tô doidão eu tô a toa Terra boa é do nordeste Se acalma meu chegado Que o homem já encomendou Dez quilos do prensado E tu vai vê que é do bom Que se eu te mostro o camarão Que eu tenho lá em casa meu irmão Tu vai dizer: Yeah Yeah Yeah Yeah Não sei porque tu chora sempre Hoje quando o galo cantou E a nossa brenfa não chegou Corte de faca no isopor Não sei porque eu não tava lá Quando o bicho pegou toda minha brenfa Sem pedir licença A gritaria rindo anuncia a hora Eu tô cansado eu vou me embora Vôo de volta pro meu lar Volto pra casa pra mulher e pros meus filho Mas não largo do gatilho Essa herança é de lascar Sendo animal preferi ser o predador Não sei fingir não sou ator Só vou querer o que quiser O sanfoneiro toca a música da morte Com a minha faca eu abro um corte Que tu sangra quanto sangue tiver Tora Tora Ela chegou era da boa Era cheirosa manga rosa Do jeito que os brasiliense Adora Adora Fala mais baixo se dançá tá fudido E aperta um comprido Quem aprecia comemora a tora Vai Trás Que é pr'eu ficar em paz Pode até ser bom demais Só que uma fina assim não faz Aperta um beck do tamanho desse moleque Camarão da cabeleira dos cabra que toca reggae Como trófeu de um caçador na sua parede Trinta e sete almas na rede Eu levo pra todo lugar É claro que morrer de tiro ninguém gosta Então eles grudam nas minhas costas E ficam só me dando azar Não tem problema minha cabeça tá tranquila Querem briga façam fila Eu tô aqui e não arredo o pé Cabra safado em dois tempo te encho de bala Emudeço a tua fala E tu sangra quanto sangue tiver 


EU QUERO VER O OCO
(letra: Rodolfo e Canisso / música: Rodolfo, Digão e Canisso)

Fizera pouco em tê-lo deixado Todo quebrado, desfigurado Irreconhecível até pra mãe -"Mãe, olha só que legal, O carro que eu ganhei no natal, Tu que me deu e disse cuidado pra que não arranhe". -"Menino doido! Tu quebrou até os friso! Tem noção do prejuízo? Acho que teu véi vai te matar". Os olho dele esperando o carro do ano Um modelo italiano Que acabaram de inventar Carrão da porra tu pisava ele voava Tu freiava ele ancorava E eu lá dentro a me debater No bate-bate com a cabeça no volante Voei pelo vidro da frente E a raiva preta que eu não pude conter Com o sangue quente cortei a testa Quebrei os dente e toda aquela gente Peste! Não vem ninguém me ajudar Nem se mexiam pior que isso eles riam Teto preto, o tempo fecha Ozóvo inflama, hora do pau cantar Eu quero é ver o oco Só na mãozada eu deitei seis Mas detestei matar Eu quero é ver o oco Sem controle tocando o fole É hora de dançar Meu ódio por automotores começou cedo Depois que eu tranquei os dedo Na porta dúm opalão Meu pai de dentro se ria que se mijava Achou que o filho festejava Era dia de cosme e damião Depois do dedo foi o braço, a perna, as costas Tu duvida? Bate uma aposta Pois muitos vão lhe testemunhar Tanta fratura que deixa a doutora louca É pino até no céu da boca Tu cansa só de tentar contar Eu quero é ver o oco É pedir muito uma enfermeira Vir me ajudar Eu quero é ver o oco Uma enfermeira gente boa Vem me medicar Eu quero é ver o oco Eu quero é ver o oco 


OPA! PERAÍ, CACETA
(letra: Rodolfo e Digão / música: Rodolfo, Digão e Canisso)

Ela gosta quando eu passo e passo E ela me chama de grosso Por não lhe dar atenção Ela gosta quando eu lhe dou lhe dou Atenção e ponho sua mão No grosso Grita que me ama e grita Labareda da piriquita Põe fogo no matagal Pra ver como a menina pira Eu nem peço, ela se vira Agora eu vou tomar nescau Ela dizia Ela dizia Tão bonita, onde ela vai sai briga Odeia gol de barriga Mais legal se for de mão Como rubão me dizia: -"Bota terra que ela mia, Vais fazer uma boa ação". Fode tanto que dá calo Me pergunta que eu te falo Pois é bom, e natural É meio gostosa, ela é gostosa e meia Chega dá um nó nas veia E efeito colateral Vou chamar a doida pra curtir Um sabadão legal Vai ter gel lubrificante Coisa e tal Opa! Peraí, caceta querendo Vamos lá em casa ouvir um som Do Sidney Magal Tem uma guitarra doida Espacial Opa! Peraí, caceta querendo Assim não vale porque dói! Ela dizia 


O PÃO DA MINHA PRIMA
(letra e música: Zenilton – Tio Jovem)

A minha prima arranjou um namorado O nome dele ela diz que é um pão O chama de pão doce, o chama de pão fofo Eu chamo é de pão xoxo é xoxo pão Aquele pão que ela chama é o pão duro do padeiro E eu já falei pra Maria que o namoro é sem futuro Namorar com o padeiro se o padeiro é um pão duro Eu chamo é de pão xoxo é xoxo pão Mas o viado do padeiro é um cabra muito safado Pra comê a minha prima se fingiu de namorado E ainda forçou a coitadinha a soltar a tarraqueta Eu disse não dê a buceta pro xoxo pão. 


PITANDO NO KOMBÃO
(letra: Rodolfo / música: Rodolfo, Digão e Canisso)

Porra era tudo doido da porra no Kombão Buceta só se falava de buceta no Kombão Tonteira o que reinava era a tonteira no Kombão Cacete um dia eu dei o maior cacete no Kombão Era o Kombão da queimação Eu, Vitão e meu irmão Todo mundo muito doido Procurando diversão E dirigir era um tesão Rolava até competição Quem desse a tragada mais forte É que tocava o bichão Rolasse um violão Aí que era fudição Rolava desde Bee Gees até Ratos de Porão Tudo louco e feliz até que enfim De noite a Kombi se enchia De mulher doida pra rodar Era melhor do que de dia Meu pai não deixava eu andar Pelas ruas da cidade Eu vou pitando no Kombão A negada da área E sem miséria é só beckão Como minha mãe me dizia Tá no fogo é pra se queimar Doidão na Kombi eu só sorria Manda a mãe delas me pegar 


BESTINHA
(letra e música: Rodolfo)

Ela me viu Tanto que eu me esforcei Ela sorriu Hoje eu nem me atrasei Tão novinha, era a minha, era a melhor Que bundinha, redondinha e tão só Ela pediu Pra ir com calma eu fui Ela sorriu Bem devagar eu pus Eu só queria que todo o dia fosse igual Ralaria, lavava a cozinha oh! minha ruivinha Tu transforma em festa um funeral Não tô cansado mas assim me esfola Como na areia do Havaí Quem me faz falta é quem não vai na bola Quem me segura se eu cair Tão novinha, era a minha, era a melhor Que bundinha, redondinha e tão só Pra ser ditado eu não vou pra escola Sem professor eu aprendi Que quem faz falta é quem não vai na bola Quem me segura se eu cair 


ESPORREI NA MANIVELA
(letra: Domínio Popular, Rodolfo, Digão, Paulinho Mattos e Guilherme Bonolo / música: Digão e Fred)

Entrei no trem, esporrei na manivela Cobrador fila da puta me jogou pela janela Caí de quatro com o caralho arregalado E uma véia muito escrota me levou pro delegado O delegado tinha cara de viado E me mandou tomar no cu Tomei no cu, mas tomei no cu errado Quando eu menos percebi era o cu do delegado O coletivo é muito bom para sarrar Pois o povo aglomerado sempre tende a se esfregar Com as nega véia é perna aqui perna acolá E se a xereca é mal lavada faz a ricota suar Se é nos calombos ou nas freiadas Se é nas curvas ou nas estradas São situações propícias para o ato de sarrar No coletivo o que manda é a lei do pau Quem esfrega nos outros Quem não tem só se dá mal 


TÁ QUERENDO DESQUITAR (ELA TÁ DANDO)
((letra e música: Zenilton e Guriata do Coqueiro)

Seu Vavá se casou com Ambrosina Tá se queixando da sina Tá querendo desquitar Sua mulher só quer ficar na janela Não quer cuidar da panela E deixa a comida queimar Ela tá dando, ela tá dando Ela tá dando motivo pra desquitar Quando ele chega encontra ela na janela Vai procurar na panela Não tem nada pra jantar Seu Vavá sai pela rua falando Que sua mulher tá dando Motivo pra desquitar 


SEREIA DA PEDREIRA
(letra e música: Rodolfo)

É dose vê-la pelada e não fazê nada é dose Menina pare com isso antes que eu goze Porra que diabo que eu não faço por um irmão Tentação é vê ela molhadinha na minha frente Fico imaginando seu rabo quente Me dizendo: Sim! Vem que hoje eu sou só pra você Ilusão é nesse mundo querer ser dono de alguém Minha sereia linda eu só te quero bem E se você me quiser vem que tem Por que eu rezo pra você a noite inteira Pra repetir aquela manhã de quinta-feira Quando eu sinto o seu cheiro Minha sereia da pedreira eu fico com tanta saudade de você Se eu fosse um cara amargo arrombava esse cu doce Mil sonhos na bagagem são tudo que trouxe Pra alimentar o que nesse mundo existe de maior Me alucina o jeito que me olha aquela menina Para fingir de lago eu tenho uma piscina Tenho maconha pra decorar o lugar Vou pedir a Deus pra que pra sempre Tome conta de três filhos meus Zezé Di Camargo, Chitãozinho e Xororó Ontem sonhei com você Por isso só penso em te comer a noite inteira Pra repetir aquela manhã de quinta-feira Quando eu sinto o seu cheiro Minha sereia da pedreira eu fico com tanta saudade de você Por isso só penso em te fuder a noite inteira E repetir aquela manhã de quinta-feira Quando eu sinto o seu cheiro Minha sereia da pedreira eu fico com tanta saudade de você 


I SAW YOU SAYING (THAT YOU SAY THAT YOU SAW)
(letra e música: Rodolfo e Gabriel Thomas)

Reconheci a Madonna ali parada no jardim Não resisti fui perguntar o que ela achava de mim Eu não sei falar inglês Ela não entende uma palavra em português I saw you saying that you say that you saw I saw you saying that you say that you saw I feel good because you put your butt on me I feel good because you put your butt on me Perguntei para o meu pai O que ela disse Ela disse, meu rapaz: I saw you saying that you say that you saw I saw you saying that you say that you saw I feel good because you put your butt on me I feel good because you put your butt on me I feel good because you put your butt on The hula hula song make me feel so strong The hula hula hey goodbye I'm going away The hula hula song make me feel so strong The hula hula hey goodbye I'm going away Because you put your butt on me You know you put your butt on me You know you put your butt on me 


CABEÇA DE BODE
(letra: Rodolfo / música: Rodolfo e Digão)

Em uma noite bem suada Eu acordei de madrugada Com uma fome de comer Alguma coisa forte Fome da porra e que agonia Não adiantava, eu não esquecia Eu ia ter que apelar pras comidas do norte Eu só sabia que O meu jantar ia ser a parte do animal Que é mais dura que o meu pau Com uma catinga assim Só sendo rango de homem, não fode Meta o pau na aranha e coma a cabeça do bode Vou comer a cabeça do bode Comida boa é meu prato preferido E eu não duvido duvido Que não me faça suar Me olhe nos olhos, tô sorrindo Sinto os ouvido entupindo E não dá pra disfarçar Dá licença, olha pra lá Primeiro naco, pela tua careta Tu é fraco, é chapéu de couro de saco Olhe o que tem lá no buraco E não merece Sem o poder do bicho tu não desce É preciso relaxar E como o olho do bode Pode crê véi a idéia é essa eu digo, é isso aí mesmo X chegando na área e falando na cara Tomamos muita porrada no decorrer desses anos Com o suor de nossos corpos chegamos onde estamos Espalhando nossas idéias de norte a sul, leste oeste Só moleque de presa somos do DF Idéias das mais diversas vindo de nossas entranhas Pra segurar a onda tem que ter as manha. 


HERBOCINÉTICA
(letra e música: Rodolfo)

Falar da vida alheia Mas que coisa feia Sempre que tu me aperreia Dá vontade de te cancrar Quer se entregar então se entregue Me ilumine, mas não me cague Em inglês ovo é egg Besteira pra que mudar E estudar pra ser doutor E se não for vou ser ladrão E se não for vou ser cantor Pra encantar as multidão Certa vez disse véia Tonha: -"Doido, só cresce quem sonha!" Então acenda essa maconha Pr'eu ficar doido doidão Pr'eu ficar doido doidão Vamo logo essa é a hora Eu tô sofrendo com a demora E não vim aqui pra brincar Mais um segundo a gente estora Aumentando a pressão lá fora Hoje somos os doido de agora É uma questão fumófita Ramo querido da herbocinética Vou trabalhar pro eleitor Me eleger rei da nação E se não for vou ser ator Trabalhar na televisão Pois são nos filmes de amor Que eu vejo as cenas de ação E lá seus gritos de horror São...

SET LIST DOS RAIMUNDOS EM PORTO ALEGRE/RS (TOUR 96)


CARICATURA DOS RAIMUNDOS


LETRAS: RAIMUNDOS (1994)



PUTEIRO EM JOÃO PESSOA
(música: Raimundos - letra: Rodolfo Abrantes)

A vida me presenteou com dois primos já marmanjos
um, muito justo, era o Augusto
o safado era o Berssange
Numa tarde ensolarada toda aquela criançada tomando refrigerante...
Com a família embebedada foi mais fácil armar uma bimbada
prum recém adolescente
Pois foi Berssange, primo velho e cancrado, que com muito do cuidado
chegou pra Augustinho e disse:
"tu visse?
Dudu já tá alucinado, já é meio caminho andado
pra rolinha comer alpiste
E pro rapaz não ficar triste vamo onde as nêga são ativa
não há em toda João Pessoa lugar melhor que o Roda Viva"
E foi pra lá que nóis rumamos quase nos desenfreamos
Nóis num tinha nenhum plano e os cabra foram saindo
e eu atrás ía gritando:
"onde é que cês tão me levando
voltar e buscar mainha ela ficou no bar sozinha"

"Ô menino abobado deixa mainha pra painho
Venha comigo e Augustinho
tu vai ser inaugurado
pois tu sabe,na família,nunca teve afrescalhado.
Quando chegar no Roda Viva tu vai ser homenageado"

Quando eu cheguei no recinto o forró já tava bravo
Bando de nêgo suado dançando com as rapariga
e o forró comia solto e veio um véio com os óio torto
de tanto beber cachaça e disse:
"Essa menina é massa,vai te deixar arretado"

Meu primo me olhou de lado e disse:"coitado"
Era uma quenga fedorenta,daquelas da mais nojenta
mas se você não aguenta você a leva para o quarto
Ela pegou no meu pau pôs na boca e depois ficou de quatro...

Foi num puteiro em João Pessoa,
eu descobri que a vida é boa
foi a minha primeira vez...


PALHAS DO COQUEIRO
(música: Martin Luthero e Raimundos - letra: Martin Luthero e Evandro Vieira)

Debaixo lá das palhas do coqueiro
é onde eu estou a lhe esperar
Eu fico te esperando alí sozinho
Sem ter carinho e sem ninguém pra mim amar

Eu acho que eu já sei porque você não vem
Já deve ter encontrado um outro alguém
que me roubou o teu carinho
Estou sozinho e sem ninguém pra mim amar

Debaixo de um teto de espelhos
é onde tu estás a me chifrar
Eu fico aqui coçando os meus córneos,
imaginando em que motel você está
Eu acho que o grande motivo agora eu sei
Você deve pensar que eu sou broxa ou que eu sou gay
Mas pra provar tudo que eu sinto
estou sozinho e sem ninguém pra mim amar


MM's
(música: Raimundos - letra: Rodolfo Abrantes)

Menina mentirosa veio correndo de dentro do mato,
disse que viu dente em pato
e uma tal cobra que avoa
Caralho de asa é o que tu viu menina
É uma cobra serpentina que só ataca mulher boa

Não venha me falar pelo buraco seu baitola,
baba ovo,cheira rola,
raça que tem que se matar
Seu filho duma égua,
ô filho de uma rapariga,
você só pensa em briga e deixa as mulher pastar

Mas se ela quiser encancrar tem que ser bem lavadinha
muito, muito, muito cheirosinha
e sem feder a roquefort
Mas se ela vier e trouxer na bagagem seus amigos
já sei como combater os inimigos:
Vou soltar um peido bem forte
É isso aí sua nêga véia,
dessa vez vou ter mais sorte,
vou soltar um peido bem forte

Se você não entendeu olhe só como é que eu faço
Eu te levo para a moita sem fazer estardalhaço
Quando você menos espera eu arranco-lhe o cabaço
E se você olhar em volta só vai encontrar os pedaços


MINHA CUNHADA
(música: Martin Luthero e Raimundos - letra: Martin Luthero e Rodolfo Abrantes)

Minha cunhada, prima irmã de tia minha
já me disse que a vizinha vai morrer do coração
Eu descobri que pimenta malagueta
quando entra na buceta vai se enganchar no pulmão

Não
não é assim que se fode não
não é assim que se fode não
não é asssim que se fode...
Eu vou te dar uma lição

Pense nisso meu amor que o buraco é mais embaixo
Se te dão uma banana você logo pede um cacho
Você deve tá achando a brincadeira engraçada
É certo que tu tá ficando muito muito alaceada
e quando o meu pinto se sentir um pouco frouxo
vou te botar de quatro e meter bem no teu roxo

Não
não é assim que se fode não
não é assim que se fode não
não é assim que se fode...
Eu vou te dar uma lição.


RAPANTE
(música: Raimundos - letra: Rodolfo Abrantes)

Arrocho o jegue parto pra merma rotina
já são quatro da matina e eu tenho que me virar
Comendo a pedra eu desenvolvi a proteína
que nenhuma cocaína dá a força que ela dá
Lá onde eu moro é onde ninguém fica à toa
o rabo arranca e o peido avoa ninguém para de cagá
Menina linda na parada de baú
se pego meio tocada acho que vou te torar
ôôôuuu

A tal da pedra me faz virar noite e dia
vou a pé até a Bahia e não páro pra descansar
E não ofende o aparelho digestivo
é só um dispositivo que eu tenho pra falar
Sem ela eu não falo
Sem ela eu não me calo
Menina de Brasília ou de qualquer lugar
ouça o que o paraíba filha da puta aqui tem pra dizer

Menina ô
Parada de baú


CARRO FORTE
(música: Raimundos - letra de domínio público adaptada por Raimundos)

Da mulher eu faço o carro forte
Dos peitos eu faço o farol
e dos pentelhos a instalação
Do mijo dela eu fabrico a gasolina
do cu faço a buzina
e do pinguelo o freio de mão
Do meu pau eu faço a manivela
que toca na buceta dela
e tiro o carro do sertão


NÊGA JUREMA
(música e letra: Rodolfo Abrantes)

Nêga Jurema veio descendo a ladeira
trazendo na sua sacola um saco de Maria Tonteira
E a mulecada avisou a rua inteira:
"vem correndo que a feira já está pra começar"

"Mas olha as nuvens esse tempo não ajuda
pelo menos as minhas mudas eu já sei que vão brotar",
dizia a Nêga quando vieram os soldados
se dizendo avisados e começaram a atirar
Pois foi Antônio, filho de José Pereira,
que no meio da bagaceira olhou pro céu e a rezar
pediu pra Santo Antônio, São Pedro ou Padim Cícero
ou pros filhos do Caniço que viessem ajudar

Foi no pipoco do trovão
que se armou a confusão e ninguém pôde acreditar
que aquilo fosse verdade, foi por toda a cidade,
cresceu em todo lugar
Na igreja das alturas, barzinho, prefeitura,
no engenho de rapadura nasceu mato de fumá
E foi com a santa Malícia
que driblou-se a polícia
e fez a guerra acabar

FUMê FUMá

Não é flor de intestino é um matinho nordestino
que a senhora vai queimar
Faz um bem pra diarréia para o véio e para a véia,
faz o morto suspirar
Faz um bem para as artrites, febre ou conjutivite
Faz qualquer mal se curar
CUMê CAGá
BEBê FUMá
São as leis da natureza e ninguém vai poder mudar.


CACHIMBO DA MULHER
(música e letra: Durval Vieira e Graças Góes)

Eu só fumo no cachimbo da mulher
Fumo é no cachimbo da mulher
Fumar cigarro nunca mais eu me acostumo, todo dia
Eu fumo é no cachimbo da mulher


Minha mulher só fuma cachimbo de barro
Ela já sabe que faz mal fumar cigarro
O doutor disse: "isso aí dá uma tosse
Daquelas que o cabra cospe até secar a goela"
Cheguei em casa, falei com minha senhora
Joguei meu cigarro fora e fumei no cachimbo dela


CANA CAIANA (Minha Nega)

A minha nega é pior do que guará,A minha nega é pior do que guará,
Chupa cana noite e dia chupa cana sem parar

A minha nega tanto chupa quanto masca
No dia que tá nervosa morde a cana com a casca

Ela me deixa nervoso que me faz falar sozinho
Quando enjoa da minha cana vai chupar a do vizinho


CAJUEIRO
(música/letra de domínio público - adaptadas por Raimundos e Martin Luthero)

Eu subi num pé de cajueiro
só pra ver meu amor passar
Eu subi num pé de cajueiro
e esse caju eu vou chupar

A A A A esse caju eu vou chupar
O O O O O e a castanha dou pro meu amor


RIO DAS PEDRAS

Quando eu andava no Riacho da Pedreira
Vendendo peixe na feira
Eu criei a molecada
Comendo peixe todo mundo ficou forte
Eu tive muita sorte com a minha mulher amada

Minha mulher um dia foi pescar
Mas no Riacho da Pedreira tinha pedra pra danar
Ela tinha medo de botar a mão na toca
E eu dizia: "Maricota é aí que o peixe está"
Entre as pedras não tem cobra só tem peixe
Se quiser pegar algum tem que fazer como eu mandar:

"Abre as pedras meu amor
É aí que o peixe esconde quando vê o pescador
Abre as pedras meu amor
É aí que o peixe esconde quando vê o pescador"


BÊ A BÁ
(música: Raimundos - letra: Rodolfo Abrantes)

Esse é o Bê a Bá que eu aprendi lá no sertão,
enchendo a cara de cana e a barriga de pão
Para um melhor resultado eu dei um trato no pulmão
e se o cabra for safado a culpa é do Lampião
Eu já conheço as pistoleira e cansei de mulher rampeira
A única que não me cansa é a tal de Maria Tonteira
Por ela eu como vidro, subo a nado cachoeira
Se ela vier prensada apertada é mais maneira

"Cala boca abestado, deixa de falar besteira
Solução de emaconhado é tapar o sol com a peneira
E quando tu tiver crescido e teu pinto tiver comprido
a vida lhe será cruel mostrando todas as faces
e amargando como fel"

Obrigado, sim senhor, por se mostrar preocupado
Só que essa conversa velha é coisa de bebum safado
que num fez nada na vida e com essa língua comprida
só quer atrasar o meu lado
E pra completar a história eu vou chamar um cheira-fundo
o nariz é de batata e a fama é de vagabundo
Ele acredita em besta-fera e também no fim do mundo
pra vocês eu apresento: Raimundo

"O meu nome é Raimundo e comigo não tem vêiz
Se vocês arengarem comigo eu vou lá e mato vocês
porque eu não penso duas vêiz só conto até três
se tu quer saber o que eu faço fale tudo que tu fez
falo da vida nordestina porque a Morte Severina
é sempre o mesmo negócio
se eu posso logo faço só não faço quando não posso
menina se eu te pego eu não respeito nem os ossos
e se perguntarem quem me viu..."


BICHARADA
(música: Raimundos - letra: Rodolfo Abrantes)

O que que você acha solta um peido e dá um prensadão
A calcinha da devassa vem fedendo igual a rapa de buceta
As pacas me entorpecem, as lhamas me enlouquecem
e a morte chega forte como a tosse do velhote
que não foge mas se esconde na escuridão

O assum-preto come o sabiá
O curió também já mandou lá
E toda a bicharada quando soube da enrabada
fez uma fila do tamanho do jatobá

O passarinho
tão bonitinho
é viadinho

Quando é que ela vem?
Eu sempre sinto que ela não vem
A cabeça do meu pinto diz que ela não vem

O passarinho
tão bonitinho
é viadinho


MARUJO
(música: Martin Luthero e Raimundos - letra: Martin Luthero e Rodolfo Abrantes)

Vou contar uma história para o povo brasileiro
e também pros companheiros que vivem em auto mar
O marujo sai de casa e deixa a família chorando
os filhos vão se criando sem pegar amor ao pai
Aprende a mexer no leme e as batatas descascar
Ele tem um headphone onde só toca ska
Maria não sai de casa pra não dar o que falar
É por isso que o marujo nunca deve se casar

Meu bem meu bem
É por isso que o marujo nunca deve se casar

Vou contar uma estória para o povo sertanejo
É sobre um maconheiro que nasceu no Ceará
Ele veio pra Brasília e comeu uma mulher
Logo que teve uma filha chamou de Maria José
Mas o tempo foi passando e ele teve que se alistar
Escolheu logo a marinha pois nunca tinha visto o mar
Sua mulher desesperada não parava de rezar
É porque o Zé Pereira não sabia nem nadar

Meu bem meu bem
E o resto da estória não precisa nem falar

Meu bem meu bem
Maconheiro nordestino que queria encaretar

Meu bem meu bem
E é por isso que o Raimundos nunca vai se acabar


CINTURA FINA
(música: Raimundos - letra: Rodolfo Abrantes)

Foi num São Pedro em Itaporanga que aconteceu
Até hoje eu não esqueço o beijo que ela me deu
Era uma garota feia desdentada do cabelo ruim
Só que o que me importa é que ela faz tudo pra
mim
E todo mundo falava: "esse daí bebeu e se
apaixonou
pela mulher mais feia da região"
Só que o que você não entendeu é que quem
pegou ela fui eu e ela me pegou pelo coração

Aquela mulher
que tem a cintura fina
quero me casar com ela

Pra que tudo na minha vida aconteça de verdade
pra fazer com que eu me sinta com dez anos de idade
Pra parar de acompanhar e se importar com gente estúpida

E no outro dia quando amanheceu
Até hoje eu não consigo me esquecer do susto que ela me deu
Juro por deus era a mulher mais feia que eu já vi
E tenho que assumir que além de beijar eu dormi com

Aquela mulher
que tem a cintura fina
quero me casar com ela

Pra que tudo na minha vida aconteça de verdade
Não me importa o planeta, o país ou a cidade
pra parar de acompanhar e se importar com gente estúpida

Aquela mulher
que tem a cintura fina
quero me casar com ela

Pra socar minha piroca dia e noite noite e dia
Pra comer ela na cama e na cozinha em cima da pia
Pra parar de cheirar aquela xereca suja

Aquela mulher...


SELIM
(música e letra: Raimundos e Cristiano Telles)

Eu queria ser o banquinho da bicicleta
pra ficar bem no meio das pernas
e sentir o seu ânus suar
Eu queria ser a calcinha daquela menina
pra ficar bem perto da vagina
e às vezes até me molhar

Mas eu não sei o que se passa nesta cabecinha
É claro que é a da minha
você não pode duvidar
Fica quieto
Não me deixe envergonhado
Pois se eu ficar excitado a minha calça vai estourar

quarta-feira, 28 de março de 2012

RAIMUNDOS PRODUZINDO O CD KAVOOKAVALA


RAIMUNDOS EM KAVOOKAVALA


Em algum lugar na parte rural da região central do Brasil, um mistério surge: bois, cavalos, galinhas e até mesmo pessoas aparecem mortos de forma inexplicável, com marcas de cortes, de arcada dentária e até mesmo de queimaduras nunca antes vistos por estas bandas. Com medo, aos poucos, os moradores desta área fogem rumo a capital em busca de ajuda, segurança e abrigo. Religiosos dizem ser uma das bestas do apocalipse, crentes acreditam e se entregam. Alguns dizem ter visto o animal: um réptil bípede com quatro olhos (um deles semelhante a um periscópio de um submarino) e uma boca enorme com grandes dentes pontiagudos. Lendas são criadas a todo canto. Eis que, perto dali, um grupo de mercenários faz sua ronda, se deparam com um anúncio oferecendo uma grande recompensa pela captura do animal e se dispõe a fazê-la. Eles atendem pelo nome de RAIMUNDOS.


SOBRE:
Iniciada no dia 28 de junho de 2011, a animação Raimundos em Kavookavala é um projeto que desenvolvi com o objetivo de participar de concursos voltados a materiais desta linha (impossível, já que o meu material não é unicamente constituído de animação gráfica, mas também de imagens reais, o que me desclassificaria em qualquer concurso da área), para satisfazer um desejo que tenho desde 2003 (quando ouvi a música pela primeira vez) e também para divulgar meu trabalho como animador e designer.



Por que o Raimundos?
Na verdade, à princípio, estava em dúvida entre três bandas, mas optei pelo Raimundos por ser a banda que mais ouvi na vida e por ser a que mais gosto.

Por que a música “Kavookavala”?
É uma das músicas que mais gosto da banda. Tem uma história, segue um roteiro. Desde o primeiro momento que a ouvi imaginei a historinha inteira e desde então, sempre quis fazer uma animação com ela, mas como na época eu não sabia, deixei a ideia de lado. Além do mais, em 2003, vi uma animação no site Mundo Canibal e sempre pensei em fazer algo melhor.

Você fez a pedido da banda? Eles sabiam que você estava fazendo o vídeo?
Não, era um projeto independente desde o começo. Eu não tinha nem a ideia de entregar para eles mas as coisas acabaram tomando outros rumos no final do processo de desenvolvimento da animação e....... AGUARDEM.

Por que uma história em quadrinhos?
Se eu fizesse em formato de filme (direto, corrido), algumas coisas iam ficar desconexas, como, por exemplo, a inserção de imagens reais da banda no meio da animação. E eu queria fazer uma espécie de "faixa" da história deles, um capítulo com começo, meio e fim, assim como é a letra da música, mas que dá a entender que ainda há uma continuação. O “continue” no final foi uma referência à música “Nariz de Doze”, com a mesma temática e com os mesmos dizeres no final. Talvez este tenha sido, realmente, apenas mais um “capítulo” da saga da banda contra extraterrestres.

Por que da inserção de cenas do DVD na animação?
Quando optei por fazer uma música do Raimundos, caí num dilema: todas as músicas da banda tem uma parte extensa de solos de guitarras e, como não consegui pensar numa forma de encaixar os integrantes tocando os instrumentos na animação e, muito menos, consegui fazer os personagens animados tocando os instrumentos, usei imagens do DVD para preencher este tempo. Ou seja, gambiarra! Hahahah...

Aparecem vários personagens durante a animação, inclusive os Ramones, por quê?
Na verdade, no decorrer da animação aparecem várias referências sobre a banda. São elas:
- O forró no começo: é uma música do Zenilton (“Deixei de Fumar (Cachimbo da Mulher)”), regravada pela banda em ritmo de punk rock no primeiro álbum, de 1994.
- Chapéus de cangaceiros: uma marca presente na capa do primeiro álbum da banda, onde aparece uma caveira com um chapéu destes.
- Canisso com calça do Ryu do Street Fighter: referente à traços de personalidade dele mostrados no podcast oficial da banda, onde tá sempre simulando algum golpe de algum tipo de arte marcial.
- O garoto com uma camisa preta com uma formiga no peito: referência e homenagem aos fãs da banda, apelidados de “formigas”.
- A garotinha com vestido rosa: referência e homenagem a todas as “patricinhas” que ouvem músicas dos Raimundos escondido dos pais e dos amigos (conheço algumas).
- Caio xavecando uma mulher: referência à “pagação de pau” das fãs da banda pelo próprio. Hahahah...
- Os Ramones: identificado pelos Raimundos como maior influência da banda.
- HQ “Puteiro em João Pessoa” enquanto a revista fecha no final: foi no intuito de parecer mais uma história dentro de um “almanaque” da história da banda.
- Capa da revista: arte semelhante à da capa do álbum Raimundos em Kavookavala.

Mas o monstro Kavookavala está bem diferente da versão da capa do CD, por que mudou?
Por que queria fazer algo que fosse mais a minha cara, a cara da banda também, algo mais cômico. o Kavookavala da capa do CD tava mais sinistro, mas o meu ficou com mais cara de ET, todo torto com garras e boca maiores.
Hahahahah... Minha maior referência para desenvolver os desenos foi o remake da história infantil O Mágico de Oz eternizada pelas mãos do ilustrador americano Skottie Young.

Quanto tempo demorou para fazer a animação?
Foram três meses de trabalho, entre muita enrolação, desanimadas, reanimadas e arquivamento do projeto. Hahahahah... cheguei a pensar que não ia dar em nada, por isso, desisti várias vezes e cheguei até a deixar o projeto "arquivado" por uns 15 dias.

E o que você achou do resultado final?
Gostei. Eu esperava algo bem menor e pior, mas todos que assistem elogiam muito, estou gostando cada vez mais, graças a eles.

A banda viu a animação? Gostaram?
Sim. Estreguei pessoalmente para eles no show que teve aqui na minha cidade (Viçosa-MG), no dia 24 de setembro de 2011. Só obtive o feedback do Digão e do Marquim, ambos disseram que gostaram muito. O resto da banda, infelizmente, ainda não se pronunciou.

Pensa em fazer outras animações tipo video clipe, como a Raimundos em Kavookavala?
Sim, só não sei se rolaria de fazer mais do Raimundos. Toma muito tempo e quero fazer de outras bandas que gosto também.


RAIMUNDOS BALADA MTV (2001)

BONITA

SEREIA DA PEDREIRA

MULHER DE FASES

NEEDLES & PINS

BESTINHA

CINTURA FINA

GAROTA DOURADA

A MAIS PEDIDA

I SAW YOU SAYING

7-11 (SEVEN ELEVEN)

O PÃO DA MINHA PRIMA

PEQUENA RAIMUNDA (RAMONA) / SURFIN' BIRDS



RAIMUNDOS NO BANDA MTV (2003)

EU QUERO VER O OCO

UABARREBA

CROCODILO MEIO KILO

FIQUE FIQUE

JOEY

KAVOOKAVALA

EL MARIACHI

VENTO CERTO

MAS VÓ

SANIDADE

PRINCESINHA

ENTREVISTA 1

ENTREVISTA 2

ENTREVISTA 3

ENTREVISTA 4 E BAIXO CALÃO