Rodolfo decidiu chamar Henrique Canisso para tocar com eles. Os dois achavam
que ele iria dar um bom visual para banda. Com a entrada de Canisso na banda, o
negócio começou a ficar um pouco mais sério e as primeiras composições começaram
a surgir. A coisa continuou assim, aos "trancos", por cerca de três
anos.
Foi no reveillon de 1988, na casa do amigo Gabriel que os Raimundos tiveram a
chance de tocar pela primeira vez, em frente de um pequeno publico. O Fred era
umas das pessoas na plateia que assistia aquele show "arretado".
"Eu lembro que eles tocaram covers de bandas que eu gostava muito naquela
época, além de músicas próprias com letras interessantes" diz Fred no
video da Cesta Básica. "Já era 'forró-core' na época. A gente tocava uma
música nossa, uma do Zenilton (o forrozeiro pernambucano favorito deles) e um
monte dos Ramones" diz Rodolfo. O som nordestino, mais presente no primeiro
disco dos Raimundos, é algo muito antigo. "Minha família é da Paraíba, e
eu me lembro que desde os dez anos, eu sempre ia naqueles churrascos com os
meus pais. Tocava forró o tempo inteiro, e eu achava aquilo um saco. Só gostava
das músicas do Zenilton, por causa das letras sacanas, achava aquilo muito
fera", explica Rodolfo numa entrevista da Showbizz. "O pai do Rodolfo
usava um disco do Zenilton para abanar o churrasco", explica Canisso.
"Foi apartir das músicas dele que a gente começou a fazer essas misturas. A
próxima atuação da banda foi sua divulgação - faziam shows em pequenos bares em
Brasília, e também tocavam em festas. "Existia um estigma em Brasília,
sempre que tinha uma festa e os Raimundos iam tocar, a festa lotava"
explica Fred. As coisas ficaram assim, meio incerta, por dois anos - até a
separação. Em 1990 quando as coisas estavam engrenando, eles resolveram parar
por um tempo. Cada um foi cuidar da sua vida. Canisso foi estudar Direito
(Universidade de Brasília) e virou pai, Digão resolveu abandonar as baquetas
(devido a problemas auditivos - estava ficando surdo) e se dedicar à guitarra,
deixando Rodolfo livre para ser o vocal em uma banda chamada 'Royal Straight
Flesh'. Foram todos procurar empregos. "A separação nos fez bem. Todos crescemos
muito e chegamos à conclusão de que queríamos ser músicos mesmo", afirma
Digão. "Foi ficando uma merda tão grande que a gente não aguentou e
parou", diz Rodolfo. Nessa época, (1989/90) o lance em Brasília era heavy
metal. Eles tentaram chegar nesse potencial, mas não conseguiram.
Em 1992 surgiu um convite para tocar em um bar de Goiânia e todos gostaram muito da idéia. Porém, como a banda não tinha mais baterista (Digão agora era guitarrista , deixando Rodolfo livre para os vocais). Nas baquetas, uma bateria eletrônica, chamada carinhosamente de “Verônica”. Fazer shows com aquilo não era tão fácil. "Arrumaram um show pra gente em Goiânia. Levamos tudo preparado na eletrônica, pois a mesma batida dava pra todas as músicas dos Ramones. Só que por um problema de impedância , o negócio tocou tudo diferente", explica Canisso.
Em 1992 surgiu um convite para tocar em um bar de Goiânia e todos gostaram muito da idéia. Porém, como a banda não tinha mais baterista (Digão agora era guitarrista , deixando Rodolfo livre para os vocais). Nas baquetas, uma bateria eletrônica, chamada carinhosamente de “Verônica”. Fazer shows com aquilo não era tão fácil. "Arrumaram um show pra gente em Goiânia. Levamos tudo preparado na eletrônica, pois a mesma batida dava pra todas as músicas dos Ramones. Só que por um problema de impedância , o negócio tocou tudo diferente", explica Canisso.
Um pouco depois de tudo isso (ainda em 1992), Fred foi chamado para ser parte
da banda. "O Fred entrou na banda e logo se adaptou. Tirou todas as
músicas na bateria, começamos a fazer shows, no ano seguinte já gravamos a
demo, e estamos nessa correria até hoje", conta Rodolfo. A fita demo do
grupo gravada em 1993, levou o mesmo nome da banda, e continha quatro músicas:
"Nêga Jurema", "Marujo", "Palhas do Coqueiro" e
"Sanidade" - esta última regravada no CD “Éramos 4”, de 2001. E como
qualquer banda, eles começaram a ser divulgados.
Uma
dessas fitas demo, foi parar nas mãos dos Titãs que acabaram convidando os
Raimundos para abrir alguns shows no Rio de Janeiro. Com isso, fãs e a atenção
das grandes gravadoras começaram a aparecer e cada vez aumentando. Os Raimundos
chegaram a abrir shows para o Camisa de Vênus (que sempre foi uma grande
influência para a banda) e Ratos de Porão no Circo Voador. O número de fãs foi
aumentando rapidamente. Foi no festival Junta Tribo, realizado pelo fanzine
Broken Strings na Unicamp (Universidade de Campinas) que a banda começou
realmente a chamar atenção. Durante três dias, cinco mil pessoas e dezessete
bandas independentes se reuniram para gastarem todas suas energias. "O
engraçado é que eu mesmo liguei pedindo pra gente tocar", conta Fred.
"Nosso nome não estava nem no cartaz" . A partir desse show, um muito
sagrado para a banda, pessoas do Brasil inteiro ficaram encantado com esse novo
som safado! Só quando os Titãs tiveram a abençoada idéia de criar seu próprio
selo, o Banguela, é que os Raimundos "cederam". Outras gravadoras
também tinham feito várias ofertas, mas a maioria exigia que a banda
"diminuísse" a intensidade do som e "suavizasse" as letras.
Nada que agradasse eles. "Várias delas nos procuraram querendo mexer no
nosso som, censurar as letras e diminuir a intensidade. Podíamos estar agora
cheios da grana e infelizes, mas preferimos recusar as propostas". O
jornalista e radialista brasiliense Carlos Marcelo, tendo uma cópia da fita
demo em mãos, entrou em contato com um amigo jornalista da revista musical Bizz,
ninguém menos que o Carlos Eduardo Miranda, que conta: "Eu escutei aquela
fita e já entrei em contato com os caras , falei pro Fred vir para São Paulo,
que a gente precisava conversar, pois já existia alguns planos sobre o selo
Banguela, mas nada estava certo ainda. Então a gente se encontrou, já ficamos
amigos". Foi assim, após um acidente com Fred (ele se jogou do palco no
último show com os Titãs e abriu um racho gigantesco na cabeça) que a banda
finalmente começou a gravar seu primeiro disco. A partir daí a banda passa a
morar em São Paulo, já que nenhuma gravadora teria condições de ficar bancando
as viagens para Brasília. No início eles ficaram hospedados na casa do Carlos
Eduardo Miranda, onde tiveram que dormir no chão. Mas não por muito tempo.
O
disco de estréia, lançado em Maio 1994, com o titulo "Raimundos", foi
gravado no estúdio Be Bop em São Paulo e produzido por Carlos Eduardo Miranda
(o diretor artístico do selo Banguela). Esse primeiro disco trazia o som que se
transformaria em marca registrada do grupo: o "forrócore". Rock pesado,
quase hardcore, agregado a ritmos nordestinos como forró e baião, servia de
pano de fundo para letras bem humoradas, com muito sexo e escatologia. O álbum
Raimundos trazia músicas como ‘Puteiro em João Pessoa’ sobre a iniciação sexual
de um menino com uma prostituta, ‘Minha Cunhada’, Bê-a-bá’, ‘Nêga Jurema’ e ‘Bicharada’.
Mas o hit do disco, já em 1995, foi ‘Selim’, uma música que lembrava o som de
outro grupo de sucesso da época, os Mamonas Assassinas. Os Raimundos repudiaram
o sucesso de Selim, a faixa mais leve do disco. "No começo, pensamos que
nossa música não era tocada nas rádios por causa dos palavrões", diria
Canisso. "Ai veio Selim, que é a música mais nojenta do mundo e, porque é
brega, todo mundo toca."
O hit puxou as vendagens do álbum, que chegou a
mais de 250 mil cópias vendidas. Raimundos foram os primeiros a conseguir
vender tantas cópias no selo independente Banguela em poucas semanas (foram 120
mil). Na imprensa, os Raimundos se defendiam dos que reclamavam das letras
explícitas: "Muitos grupos chulos usam palavrão para ofender", diria
Canisso. "Para nós, eles entram porque fazem parte da história."
Também rejeitaram as comparações com os Mamonas Assassinas. "Eles fazem do
trabalho uma grande piada", diria Digão. "Nós apenas escrevemos
algumas canções com bom humor". E não demorou muito para conseguir o
primeiro lugar nas FMs. As letras irreverentes como "Selim" e
"Puteiro em João Pessoa" (as mais tocadas), enfrentaram problemas com
a censura. Na cidade de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, certas palavras
chegaram a ser proibidas de ser executadas e eram substituídas por um
"bip". Em 1992, no primeiro ano em que a banda saiu em busca de
sucesso, rodaram mais de 30 mil quilômetros pelo Brasil e chegaram a realizar
cerca de 60 shows, em apenas sete meses. Foi com a música "Nega
Jurema" que surgiu o primeiro vídeo clipe, direcionado por Eduardo
Bellmonte. Apesar do clipe está meio tosco, devido a pedidos do público, o clipe
participou da escolha da audiência na MTV, para representar o Brasil nos
Estados Unidos. Infelizmente, perdeu para o Sepultura, com o clipe de
"Territory" (em 1997, no MTV Music Video Awards, os Raimundos
perderam de novo para o Sepultura na categoria de melhor clipe de Rock). O
resto do ano foi basicamente muita correria: teve o M2000 festival (um show bem
importante para banda), Philips Monsters of Rock realizado em São Paulo, a
banda participou da turnê Acid Chaos (bandas como Sepultura e Ramones), etc...
A
popularidade da banda cresceu com o lançamento do segundo disco Lavô Tá Novo,
pela Warner, em Novembro de 1995. O álbum é produzido pelo o americano Mark
Dearnley, que já trabalhou com grandes nomes do heavy metal e do hard rock como
AC/DC, Black Sabbath e Def Leppard. As letras são de baixo calão, populares e
com um som pesado para adolescente nenhum botar defeito. A exemplo dos Mamonas
Assassinas, que vieram na trilha aberta pelo primeiro CD dos Raimundos, o grupo
tira inspiração para seus "poemas" de temas brasileiros, como uma
versão trash para o clássico popular "Esporei na Manivela" que contém
humor de vestiário de adolescentes.
Havia, porém, uma diferença. O som da banda estava mais pesado, com menos destaques para os ritmos nordestinos. "Sempre nos consideramos uma banda de rock", diria Fred, comentando o trabalho. "A maioria das pessoas que curtem a gente gosta de música pesada", completa Rodolfo. Guitarras distorcidas davam o tom em Pintando no Kombão, Esporrei na Manivela e Eu Quero Ver o Oco. Mesmo assim, o maior sucesso em rádio seria uma música mais lenta: I Saw You Saying. O peso ficaria mais presente em duas apresentações em 1996. Chegaram a estar na capa da revista Bizz (atualmente Showbizz) ganhando o "Prêmio Bizz 94", participa do Primeiro Video Music Awards Brasil, participa de seu primeiro Estúdio ao Vivo na rádio Transamérica etc... Segundo Digão, o som do segundo disco continuava o mesmo: "A gente tomou um banho, colocou um perfuminho, escovou os dentes, mas o cheiro continua idêntico."
Havia, porém, uma diferença. O som da banda estava mais pesado, com menos destaques para os ritmos nordestinos. "Sempre nos consideramos uma banda de rock", diria Fred, comentando o trabalho. "A maioria das pessoas que curtem a gente gosta de música pesada", completa Rodolfo. Guitarras distorcidas davam o tom em Pintando no Kombão, Esporrei na Manivela e Eu Quero Ver o Oco. Mesmo assim, o maior sucesso em rádio seria uma música mais lenta: I Saw You Saying. O peso ficaria mais presente em duas apresentações em 1996. Chegaram a estar na capa da revista Bizz (atualmente Showbizz) ganhando o "Prêmio Bizz 94", participa do Primeiro Video Music Awards Brasil, participa de seu primeiro Estúdio ao Vivo na rádio Transamérica etc... Segundo Digão, o som do segundo disco continuava o mesmo: "A gente tomou um banho, colocou um perfuminho, escovou os dentes, mas o cheiro continua idêntico."
Em
janeiro de 1996, eles tocaram no Hollywood Rock, na mesma noite de Urge
Overkill e Jimmy Page & Robert Plant. Em março de 1996, os Raimundos
tiveram a oportunidade de ir tocar em Granada, num festival chamado Esparrago,
um dos mais tradicionais festivais alternativos da Espanha. Eram cinco dias,
sendo que mais importante era um showcase para a imprensa em Madri e o festival
Esparrago; e é claro, umas meia dúzias de entrevistinhas. Foram três dias de
shows.
Os Raimundos também chegaram a se apresentar no programa "Xuxa Hits" da rede Globo. Começaram com I Saw You Saying e chegaram a tocar até Ilariê. Mas a consagração mesmo veio na terceira edição do Monsters of Rock, em agosto. "No show do Hollywood Rock, a moçada era menininhas, surfistas, playboys", diria Rodolfo. "No Monsters, a galera era animal." O público do Monsters of Rock cantou de ponta a ponta todas as músicas dos Raimundos, a única banda brasileira no festival, que reuniu 40 mil pessoas no Pacaembú. O evento teria ainda a presença de Iron Maiden e Motorhead, entre outros. No mesmo ano, participam de vários programas na MTV, festivais, apresentações, etc...
Os Raimundos também chegaram a se apresentar no programa "Xuxa Hits" da rede Globo. Começaram com I Saw You Saying e chegaram a tocar até Ilariê. Mas a consagração mesmo veio na terceira edição do Monsters of Rock, em agosto. "No show do Hollywood Rock, a moçada era menininhas, surfistas, playboys", diria Rodolfo. "No Monsters, a galera era animal." O público do Monsters of Rock cantou de ponta a ponta todas as músicas dos Raimundos, a única banda brasileira no festival, que reuniu 40 mil pessoas no Pacaembú. O evento teria ainda a presença de Iron Maiden e Motorhead, entre outros. No mesmo ano, participam de vários programas na MTV, festivais, apresentações, etc...
Depois
de vender mais de 480 mil cópias de Lavó Tá Novo, os Raimundos lançam Cesta
Básica, gravado pela Warner (o segundo pela mesma gravadora), um CD de vinte
nove minutos de ótimo som com músicas inéditas como "A Sua",
"Papeau Nury Doe", e "Infeliz Natal", composta há quase dez
anos, quando o guitarrista Digão fazia parte da banda punk Filhos de Menguele,
faixas ao vivo de Bê-a-Bá, Palhas do Coqueiro, Cajueiro/Rio das Pedras e
Esporrei na Manivela, remixes de Puteiro em João Pessoa e alguns covers muinto
especiais. Entre eles, Merry Christmas (Ramones) e Bodies (Sex Pistols).
Todas as duas foram músicas escolhida pela a banda porque são músicas que eles gostam. Ia também ter How Will I Laugh Tomorrow, da banda Suicidal Tendencies, mas Rodolfo explica que quando tentaram tocar ficou uma merda. Os fãs puderam comprar o álbum separadamente, ou então como parte de um pacote apenas os primeiros oito mil CDs fabricados fazem parte de uma edição limitada em formato de caixa que inclui ainda um vídeo com bastidores de 48 minutos idealizado, filmado e editado por Canisso, clipes e cenas de shows, e uma safada revistinha chamada Puteiro em João Pessoa, criado pelo cartunista Angeli.
Era só questão de tempo para que os membros da banda, Rodolfo, Digão, Canisso e Fred, virassem personagens de revista em quadrinhos. Angeli, fã e ao mesmo tempo, ídolo da banda, transformou a garotada em personagem em quadrinhos. Angeli, famoso pela extinta revista "Chiclete Com Banana" e o pai de personagens hilariantes como Bob Cuspe, Rê- Barbosa e Os Escrotinhos. Rodolfo, como o adolescente virgem, está impagável. Segundo Fred, o conjunto completo servia como uma apresentação para novos fãs: "Queríamos reunir todo o material dos Raimundos em um só pacote. Cesta Básica é para aquele público que começou a gostar do grupo depois do segundo disco".
Todas as duas foram músicas escolhida pela a banda porque são músicas que eles gostam. Ia também ter How Will I Laugh Tomorrow, da banda Suicidal Tendencies, mas Rodolfo explica que quando tentaram tocar ficou uma merda. Os fãs puderam comprar o álbum separadamente, ou então como parte de um pacote apenas os primeiros oito mil CDs fabricados fazem parte de uma edição limitada em formato de caixa que inclui ainda um vídeo com bastidores de 48 minutos idealizado, filmado e editado por Canisso, clipes e cenas de shows, e uma safada revistinha chamada Puteiro em João Pessoa, criado pelo cartunista Angeli.
Era só questão de tempo para que os membros da banda, Rodolfo, Digão, Canisso e Fred, virassem personagens de revista em quadrinhos. Angeli, fã e ao mesmo tempo, ídolo da banda, transformou a garotada em personagem em quadrinhos. Angeli, famoso pela extinta revista "Chiclete Com Banana" e o pai de personagens hilariantes como Bob Cuspe, Rê- Barbosa e Os Escrotinhos. Rodolfo, como o adolescente virgem, está impagável. Segundo Fred, o conjunto completo servia como uma apresentação para novos fãs: "Queríamos reunir todo o material dos Raimundos em um só pacote. Cesta Básica é para aquele público que começou a gostar do grupo depois do segundo disco".
Os
Raimundos ficaram desde maio até agosto de 1997 em Los Angeles gravando e
mixando o terceiro disco chamado "Lapadas do Povo". "Cesta
Básica" não é um disco de carreira - explica o baterista Fred. Fred também
explica a origem da foto que ilustra a capa de "Lapadas do Povo", com
o reflexo de uma van na traseira de um caminhão inflamável. - Esse é um disco
explosivo (fala com risos).
A foto foi tirada daquela van numa auto-estrada californiana por um roadie da gente. As três placas do tal caminhão se referem as datas do início e fim das gravações do trabalho - 01/06 e 04/08. A banda armou sua barraca sob o sol Californiano durante dois meses. Esse disco chegou nas lojas no dia 23 de outubro de 1997. A produção desse disco foi novamente com o produtor yankee Mark Dearnley, o mesmo de "Lavô Tá Novo". Desta vez no estúdio Sound City, onde se pôde encontrar bandas como Nirvana, Rage Against The Machine, Red Hot Chili Peppers e vários outros incluindo os Raimundos. O material do novo projeto é mais pesado, com mais arranjos e menos palavras de duplo sentido. O grupo voou para Los Angeles com apenas quatro das 13 composições do CD - além de uma faixa bônus - finalizadas. O novo disco trouxe letras repletas de bem sacados jogos de palavras como "Andar na Pedra", "Nariz de Doze" e "Ui, Ui, Ui". Também de novidade, a canção "Baile Funk" alfineta aspectos da distorção social. "É na igreja que o povo esvazia as bolsas/ A justiça não me olha porque é cega/ Eu falei que o ladrão que rouba mesmo é bem vestido e eu vi de monte" é um trecho das letras de Rodolfo. Os rapazes fizeram até uma canção para o baxista Canisso. Que amizade! Por sugestão do Mark Dearnely, eles gravaram "Oliver's army" (Elvis Costello) e ainda pegaram uma antiga versão de "Ramona", dos Ramones, batizada da "Pequena Raimunda". Desta vez, muito das letras foram compostas por Digão e Rodolfo. Todos estavam loucos para voltar a fazer shows.
A foto foi tirada daquela van numa auto-estrada californiana por um roadie da gente. As três placas do tal caminhão se referem as datas do início e fim das gravações do trabalho - 01/06 e 04/08. A banda armou sua barraca sob o sol Californiano durante dois meses. Esse disco chegou nas lojas no dia 23 de outubro de 1997. A produção desse disco foi novamente com o produtor yankee Mark Dearnley, o mesmo de "Lavô Tá Novo". Desta vez no estúdio Sound City, onde se pôde encontrar bandas como Nirvana, Rage Against The Machine, Red Hot Chili Peppers e vários outros incluindo os Raimundos. O material do novo projeto é mais pesado, com mais arranjos e menos palavras de duplo sentido. O grupo voou para Los Angeles com apenas quatro das 13 composições do CD - além de uma faixa bônus - finalizadas. O novo disco trouxe letras repletas de bem sacados jogos de palavras como "Andar na Pedra", "Nariz de Doze" e "Ui, Ui, Ui". Também de novidade, a canção "Baile Funk" alfineta aspectos da distorção social. "É na igreja que o povo esvazia as bolsas/ A justiça não me olha porque é cega/ Eu falei que o ladrão que rouba mesmo é bem vestido e eu vi de monte" é um trecho das letras de Rodolfo. Os rapazes fizeram até uma canção para o baxista Canisso. Que amizade! Por sugestão do Mark Dearnely, eles gravaram "Oliver's army" (Elvis Costello) e ainda pegaram uma antiga versão de "Ramona", dos Ramones, batizada da "Pequena Raimunda". Desta vez, muito das letras foram compostas por Digão e Rodolfo. Todos estavam loucos para voltar a fazer shows.
Santos/SP,
madrugada do dia 8 de novembro e o Raimundos iniciava a turnê do
álbum "Lapadas do Povo" no Clube de Regatas Santista. Horas depois, a
cidade talismã do grupo viraria palco de horror. O púplico, estimado em 4 mil e
500 pessoas, se espremeu diante da única saída do local, resultando em
pisoteamentos e na quebra dos corrimões laterais. Saldo: 8 mortos e mais de 50
feridos. Foi a maior tragédia da história de shows no Brasil. Ganha da lendária
apresentação do Legião Urbana em Brasília e tem mais vítimas que shows do
Ramones, Sepultura e Midnight Oil juntos.
A
abertura do show ficou por conta do grupo baiano Catapulta. Eles entraram por
volta das 23h30 e esquentaram a platéia para o Raimundos - que começaram a
tocar à 1h30 da manhã. Canisso, Digão, Fred e Rodolfo afirmam
que foi um dos melhores shows que eles deram na vida. A apresentação terminou
às 2h50, com "Eu Quero Ver O Oco". Foi então que a tragédia se
desenhou. O público se dirigiu à única saída disponível do local. A aglomeração
deu espaço a um violento empurra-empurra. Quem tropeçava era pisoteado pela multidão.
Para piorar, um fio elétrico localizado na entrada do ginásio se soltou e
começou a dar choque no pessoal que saía. Sobreviventes descrevem a cena como
"o movimento de uma onda". Houve quem desse mosh em cima do povo que
se espremia, pensando se tratar de alguma brincadeira. O
número de pessoas sufocadas era tanto que os dois corrimões laterais cederam.
"Acho que foi a salvação de muita gente. Senão haveria muito mais
acidentados", aposta o delegado Rossi. Por outro lado, o corrimão selou o
destino de outros adolescentes.
Os
fãs do Raimundos que ficaram no local - e que em nenhum momento foram
informados de uma saída alternativa - se desesperaram e tentaram arrombar as
outras portas restantes com chutes. Só então foram abertos outros quatro
portões, inclusive o reservado à saída de artistas. O grupo Raimundos soube
do acidente ainda no Regatas. Digão sentou na escada e começou a
chorar. "A gente chegou a ligar do hotel para o pronto socorro",
emociona-se o guitarrista.
No
dia 10, o grupo deu uma entrevista coletiva na sede da WEA em São Paulo.
Visivelmente emocionados, eles cancelaram os 14 shows restantes da turnê.
"Este ano não tem mais show do Raimundos. A gente esta consternado
porque nos consideramos a continuação do público em cima do palco. Perdemos 7
irmãos", diz Rodolfo (a oitava vítima faleceu após a
entrevista). Para Digão, a desgraça causou o mesmo impacto da perda do
irmão mais velho, morto num desastre de moto. Em
cartas e e-mails enviados à redação de Showbizz, pessoas que estiveram no show
do Raimundos em Santos eximem o grupo de qualquer culpa. O mesmo
comportamento foi dotado pelas mães dos adolescentes - muitas delas perderam os
filhos no local.
Com
isso se finaliza a turnê do "Lapadas do Povo", e a banda começa a
planejar e a traçar os preparativos para o novo álbum. Em mente, tinham apenas
a certeza que o melhor seria que o álbum fosse todo gravado no Brasil, com a
participação ou presença de vários amigos, pois só assim conseguiriam retornar
ao verdadeiro estilo da banda, e sobretudo fazer um álbum alegre, pra cima. A
fase de pré-produção rolava na casa do Canisso e na do Rodolfo, com um clima de
amizade muito grande. E foram nesses primeiros encontros que nasceu a primeira
música no novo álbum, a baladinha "A Mais Pedida". Segundo a banda, foi
logo de cara que eles botaram pra fora a mágoa que estavam sentindo em relação
à cena musical na época.
A
banda jamais declarou ser contra qualquer estilo de música, mas naquela época o
rock estava sem espaço, as rádios e programas de TV só exibiam axé e pagode,
enquanto os shows da banda em vários locais eram censurados por juízes
proibindo a entrada de menores, shows como o do grupo É o Tchan e Companhia do
Pagode não tinham censura nenhuma, sendo que a taxa de erotismo era
absurdamente maior. Portanto, tudo o que a banda queria neste projeto era
reconquistar o espaço do rock na mídia.
A
banda entra definitavamente em estúdio para gravar o novo álbum. Entraram no AR
Studio, na Barra da Tijuca (RJ), e recrutaram os produtores Tom Capone
(conhecido músico e produtor nacional e amigo de infância dos caras) e Carlos Eduardo
Miranda, o mesmo produtor responsável pelo primeiro álbum da banda. O desafio
deles era gravar um álbum onde o grupo retomasse a sua identidade, de certa
forma quase perdida no “Lapadas do Povo”, mas que ao mesmo tempo não fosse um
regresso. Em um clima super tranquilo e com bastante entrosamento, as gravações
do álbum se desenrolaram. Nos intervalos muito surf e outros esportes. As
participações ocorreram tranquilamente, algumas sequer planejadas.
No
final do mês de maio chega às lojas o tão aguardado novo CD da banda, chamado
Só no Forévis, o nome é ironia a uma fala de Mussum dos Trapalhões. A música
“Mulher de Fases” já estava estourada nas rádios e o clipe em rotação extrema
na MTV, garantindo à banda dois prêmios na festa Video Music Brasil, promovida
pela Emissora – Melhor Clipe de Rock e Escolha da Audiência, o principal prêmio
da festa e maior prova da popularidade da banda. Em seguida estréia o clipe de
“A Mais Pedida”, que também recebeu muitos elogios e uma boa aceitação do
público. A terceira música de trabalho do “Só no Forevis” foi “Me Lambe”,
escolhida pela banda para ser a música do verão 99/2000.
O
disco vendeu mais de 800 mil cópias do álbum vendidas, batendo todos os
anteriores, e a maior turnê que a banda já fez, passando até 2, 3 vezes por
cidades onde costumavam tocar apenas uma vez nas turnês passadas, ou até
cidades que jamais haviam se apresentado entre elas o Gama, citado na letra de
“Boca de Lata”, e Sobradinho, cidade onde o Rodolfo nasceu (ambas no DF) . Em
Manaus, bateram o recorde de público em um show do Raimundos: 25 mil presentes.
Só
no Forévis foi um sucesso total com a vendagem de mais de 800 mil cópias, fora
a pirataria e o roubo de 100 mil copias quando cd estava no caminhão.
O
projeto do primeiro disco ao vivo da banda coincidiu com um novo projeto que a
MTV estava planejando para o ano de 2000, o MTV Ao Vivo. Semelhante ao
"Acústico MTV", o novo projeto consistiria em gravações de shows de
bandas consagradas que viriam a se transformar em programa especial, CD e DVD.
E a primeira banda escolhida foi então o Raimundos. A banda se encarregou de
gravar o material em várias apresentações (2 shows em São Paulo, 1 em Goiânia, 1
em Sorocaba e mais 2 em Curitiba).
O repertório do álbum incluiu então 38 faixas ao vivo, a regravação de "20 e Poucos Anos" (apesar de inicialmente ter sido gravada exclusivamente para o programa, o público começou a pedir a música nas rádios), e também uma gravação inusitada da música "Reggae do Maneiro", feita no sound check antes do show em Curitiba, com a participação de 15 Integrantes do Fã Clube Oficial da banda – muitos de outros estados, que haviam ido para a cidade exclusivamente para assistir as gravações do álbum e acabaram recebendo este agradecimento especial da banda.
O repertório do álbum incluiu então 38 faixas ao vivo, a regravação de "20 e Poucos Anos" (apesar de inicialmente ter sido gravada exclusivamente para o programa, o público começou a pedir a música nas rádios), e também uma gravação inusitada da música "Reggae do Maneiro", feita no sound check antes do show em Curitiba, com a participação de 15 Integrantes do Fã Clube Oficial da banda – muitos de outros estados, que haviam ido para a cidade exclusivamente para assistir as gravações do álbum e acabaram recebendo este agradecimento especial da banda.
Lançado
no final de outubro de 2000, o álbum "MTV ao Vivo Raimundos" foi bem
recebido pelo público – os fãs mais antigos puderam finalmente ter o registro
deste que é considerado há anos um dos melhores shows de rock do Brasil, e os
novos fãs puderam conhecer a trajetória da banda desde o álbum de estréia – e
emplacou três músicas de trabalho: "Deixa Eu Falar", "20 e
Poucos Anos" e "Reggae do Manêro". O álbum também já ultrapassou
as 800 mil cópias.
Em
2001, os Raimundos lançam “Éramos 4”, o sétimo disco da banda, logo após a
saída do vocalista Rodolfo Abrantes. O repertório do disco é basicamente
formado por covers da banda Ramones, executados em um show de aniversário da
rádio paulista 89 FM, com a participação de Marky Ramone, ex-baterista do
grupo Ramones.
O disco ainda contém as canções “Nana Neném”, gravada para uma campanha publicitária das sandálias Rider (Grendene) em 1998; “Desculpe, Mas Eu Vou Chorar”, canção da dupla sertaneja Leandro & Leonardo, gravada em 1993; e “Sanidade”, canção que fazia parte da primeira fita demo da banda, porém, seria apenas registrada oito anos depois, tendo no vocal principal o guitarrista Digão.
O disco ainda contém as canções “Nana Neném”, gravada para uma campanha publicitária das sandálias Rider (Grendene) em 1998; “Desculpe, Mas Eu Vou Chorar”, canção da dupla sertaneja Leandro & Leonardo, gravada em 1993; e “Sanidade”, canção que fazia parte da primeira fita demo da banda, porém, seria apenas registrada oito anos depois, tendo no vocal principal o guitarrista Digão.
Apesar do leve sarcasmo, o título do CD (sátira ao título do romance Éramos
Seis, da escritora Maria José Dupré) transmite certa nostalgia aos fãs da
banda, abalados com a saída de Rodolfo, que converteu-se ao protestantismo.
“Kavookavala” é
o oitavo disco de estúdio da banda Raimundos, lançado em 2002, com Digão
assumindo o posto de vocalista, deixado por Rodolfo Abrantes.
Foi gravado no Rio de Janeiro. Há participação do cantor Derrick Green, da banda Sepultura na canção Kavookavala. Foram gravados dois videoclipes, um para a canção Fique Fique e o outro para Joey.
Foi gravado no Rio de Janeiro. Há participação do cantor Derrick Green, da banda Sepultura na canção Kavookavala. Foram gravados dois videoclipes, um para a canção Fique Fique e o outro para Joey.
“Pt
Qq cOisAh” (ou ponto
qualquer coisa) é um EP lançado somente na internet em 2005 pela banda
Raimundos. Não houve nenhuma gravadora por trás da iniciativa, no entanto a
atitude não teve nenhuma intenção de dispensar algum selo fonográfico. O
objetivo foi apenas divulgar o trabalho por conta própria. Com “Pemba Talk”,
o grupo apresenta letra pornográfica que sempre marcou os Raimundos e
influência de duas bandas como System of a Down e Muse, como já comentou o
guitarrista Marquinho.
Na romântica “Sol e Lua”, a influência vem da banda Ramones devido ao típico quatro acordes usado pelos norte-americanos que sempre foram referência aos Raimundos. As vozes por trás que constantemente deram um toque melodioso ao som dos Raimundos desde o primeiro disco da banda também estão presentes no EP. “Macaxeira” é a música mais rápida, agressiva e frenética do EP, podendo lembrar o espírito mais direto do disco “Lapadas do Povo” com músicas como: “Ui, Ui, Ui”, “Crumis Ódamis” e “CC de Com Força”.
Na romântica “Sol e Lua”, a influência vem da banda Ramones devido ao típico quatro acordes usado pelos norte-americanos que sempre foram referência aos Raimundos. As vozes por trás que constantemente deram um toque melodioso ao som dos Raimundos desde o primeiro disco da banda também estão presentes no EP. “Macaxeira” é a música mais rápida, agressiva e frenética do EP, podendo lembrar o espírito mais direto do disco “Lapadas do Povo” com músicas como: “Ui, Ui, Ui”, “Crumis Ódamis” e “CC de Com Força”.
Em
18 de dezembro de 2010, os Raimundos realizaram a gravação do seu CD/DVD “Roda
Viva” no tradicional Kazebre Rock Bar. Para a gravação, compareceram cerca de
15 mil fãs. Além dos Raimundos, a casa também contou com shows das bandas
Velhas Virgens e Dead Fish. O álbum e o DVD foram lançados em maio de 2011.
O
CD começa com uma introdução em que um velho conhecido da banda – o sanfoneiro
Zenilton – anuncia o grupo para o público; a faixa seguinte é do álbum “Kavookavala”
(2002), “Fique Fique”; dando continuidade, temos a popular e clássica “Esporrei
na Manivela” gravada em “Lavô Tá Novo” (1995); a quinta canção é a inédita “JAWS”;
depois uma avalanche de hits da formação original dos Raimundos (Canisso,
Digão, Rodolfo e Fred): “Marujo”, “Rapante”, “Opa Peraí Caceta”, “Pompem”, “O
Pão da Minha Prima”, “Mulher de Fases”, “Palhas do Coqueiro” e “Bê a Bá”, todas
cantadas pelo guitarrista e vocalista Digão e também pelo público; a 13ª
música, “Macaxeira”, é a única do EP “Pq Qq cOisAh” (lê-se “ponto qualquer
coisa”), lançado somente pela internet em 2005 pela banda; e, para finalizar a
primeira parte, aparece “Pintando no Kombão”, do disco “Lavô Tá Novo”.
O CD 2 começa
com “Aquela”, música presente no álbum “Só No Forévis” (1999) e que também foi
trilha sonora da novela global Uga Uga; em sequência, mais três sucessos
gravados originalmente na voz do ex-integrante Rodolfo “Rodox” Abrantes: “I Saw
You Saying”, “Me Lambe” e “A Mais Pedida”, e antes de executarem a próxima
canção, Digão faz um desabafo e a dedica ao público que “sempre acreditou nos
Raimundos” e a banda manda bala com “Mas Vó”, de “Kavookavala”; para o deleite
dos presentes no Kazebre mais clássicos da, digamos, primeira fase do grupo, “Reggae
do Manero”, “Tora Tora” e, antes irem para o bis, “Eu Quero Ver O Oco”, a banda
sai do palco para uma pausa e, na volta, executam “Deixa Eu Falar”, mais duas
de “Kavookavala” – a faixa-título e “Baixo
Calão” – e, para fechar com chave de ouro. Digão convida o público: “vamos pro
puteiro” e detonam com o maior clássico dos Raimundos, “Puteiro Em João Pessoa”.
Esse trabalho
dos Raimundos é recomendado porque se trata de uma grande festa de uma
importante banda do rock brasileiro, que influenciaram uma geração que hoje
passa dos 25 anos. Ainda que muitos “acreditem” que a banda acabou com a saída de
Rodolfo Abrantes, digo que eles estão enganados, porque Digão está dando conta
do recado, Canisso está detonando em seu baixo, os demais integrantes – Marquim
(guitarra) e Caio Cunha (bateria) – se mostram competentes. E é aquilo que eles
dizem em um verso de “Marujo”, música do seu auto-intitulado trabalho de 1994:
“… é por isso que os Raimundos nunca vai se acabar”. Pelo menos isso é que
depender de mim, do público que esteve presente no Kazebre, dos apreciadores do
verdadeiro rock (não entram neste contexto, os fãs de bandas pop conhecidos
como “Happy Rock”) e, claro, dos fãs da banda.
SAÍDA
DE RODOLFO E CANISSO:
Em
junho de 2001 após uma longa conversa entre os integrantes, o Raimundos anuncia
seu fim. O principal motivo foi a conversão ao evangelho de Rodolfo. Dois meses
depois, Fred, Canisso e Digão resolvem retornar com a banda.
No
mesmo ano, a banda lançou no lugar do cd de estúdio com inéditas lançou o CD "Éramos 4" com a faixa "Sanidade" originalmente gravada
para a primeira fita demo de 1992. E gravada as pressas em agosto de 2001 para
entrar no cd para mostrar a nova formação da Banda, as faixas " Desculpe
mas eu vou chorar" registrada no projeto Cult Cover Demo, programa da
rádio Cultura FM de Brasília em 1993, e " Nana Neném" que foi uma
versão que a banda vez para um comercial da Rider, e registrada em single de
1998, também na voz do ex- vocalista Rodolfo que ainda aparece nas outras 10
faixas restantes que foram tiradas de um show que a banda fez no aniversário da
rádio 89 FM em 2000, tocando músicas dos Ramones com a participação de Marky
Ramone ( Baterista dos Ramones). Na turnê do CD “Éramos 4 " Entrou na
Banda o guitarrista Marquinho (ex-Peter Perfeito)
No
ano seguinte, em 2002 a banda lançou o CD "Kavookavala", que ao contrário
dos cds antigos não foi trabalhado pela gravadora, não teve muita divulgação e
teve uma venda inexpressiva, além da saída do baixista canisso membro da
formação original da banda no começo da turnê ou fato que deixo a banda
abalada, até mesmo porque tem gente que nem sabe que ele existe e a partir
desse momento a banda entrou em crise com a gravadora Warner. Depois de um ano
tentando se livrar da gravadora, a banda conseguiu se livrar dela em 2004.
SAÍDA DE FRED E ALF - RETORNO DE CANISSO E CHEGADA DE CAIO:
Em
2005 a banda volta à cena e com uma proposta inovadora! Independentes e com o
baixista Alf, que é também vocalista do Rumbora completando a formação, a banda
gravou uma demo com cinco músicas chamada . qQ cOisAh (Lê-se ponto qualquer
coisa) o EP foi disponibilizado para download gratuito via o site da MTV,
estima-se que o EP teve mais de 100 mil downloads, que é uma marca muito boa.
Depois
de um longo período fora da mídia, desgastes e concertos cancelados, surge a
necessidade dos integrantes seguirem suas carreiras com projetos paralelos.
Digão e Denis Porto lançam o Denis & Digão pela Universal Music e o
SuperGalo (Fred, Alf e inicialmente Marquim).
O
tempo passou, e com ele vieram os choques de agenda, fato que ocasionou o
retorno de Canisso, inicialmente apenas para um concerto. Fred, que já andava
discordando musicalmente com Digão, resolveu sair da banda, já que tinha
brigado com Canisso, que se torna fixo na banda novamente. Caio, baterista do
Dr. Madeira, é chamado ao lugar de Fred. A banda voltou a fazer vários shows,
lançou uma turnê em 2008, rotulada de "A volta de
Canisso",continuaram fazendo shows de médio porte pelo Brasil inteiro,
resgatando velhos fãs e conquistando a moçada mais jovem. Brasil inteiro,
resgatando velhos fãs e conquistando a moçada mais jovem. Essa turnê consiguiu
fazer a banda voltar à evidência. A principal aparição da banda, foi no
Programa Altas Horas, em abril de 2008.
Para
2009, a banda já da pistas de que as "coisas" voltarão a dar certo
para a banda, depois de talvez 7 anos longe da grande mídia, a banda se diz
preparada para voltar a brilhar junto com os grandes nomes do rock mundial.
"-Afinal, uma das bandas que mais fez sucesso nos anos 1990 e início dos
anos 2000, jamais se acabaria aos poucos, pelo contrário, o tempo serviu para
aprendermos a não dependermos 100% da mídia sacana!" – Afirma Digão, líder
da banda desde 2001.
O
ano de 2009 foi basicamente o ano de consolidar a formação, mostrar que o
Raimundos esta com gás total e abrir portas em eventos, festivais e programas
de TV.
A
ENTRADA DE TICO SANTA CRUZ:
No
começo de 2010, Tico santa Cruz, vocalista da banda Detonautas, assumiu os
vocais do grupo por um certo período, em janeiro de 2010. Digão havia
afirmado na época, que a mudança era temporária e seria só durante a turnê que
começa em 2010. Houve uma apresentação na TV aberta, na emissora Globo, no
reality show Big Brother Brasil.
Tico
continuou a se apresentando com o Detonautas normalmente e a agenda das
duas banda foi conciliada para que ele pudesse cantar.
ATUALMENTE:
No final do ano de 2012 os Raimundos voltam a gravar um clipe, da nova música JAWS, ficando entre os mais vistos nos canais especializados, mostrando que seu público volta a ser de uma grande banda nacional. No dia 18 dezembro de 2012 a banda, já sem o Tico Santa Cruz realizou a gravação do DVD Roda Viva no Kazebre Rock Bar, em são Paulo. Cerca de 15 mil pessoas compareceram a gravação que conta com cerca de 25 faixas que fizeram sucesso e com a música nova JAWS, além de contar com as participações das s Velhas Virgens e Dead Fish, o DVD Roda Viva foi lançado no dia 15 de julho de 2011 no Circo Voador no Rio de Janeiro em um show com a participação do Dead Fish.
No final do ano de 2012 os Raimundos voltam a gravar um clipe, da nova música JAWS, ficando entre os mais vistos nos canais especializados, mostrando que seu público volta a ser de uma grande banda nacional. No dia 18 dezembro de 2012 a banda, já sem o Tico Santa Cruz realizou a gravação do DVD Roda Viva no Kazebre Rock Bar, em são Paulo. Cerca de 15 mil pessoas compareceram a gravação que conta com cerca de 25 faixas que fizeram sucesso e com a música nova JAWS, além de contar com as participações das s Velhas Virgens e Dead Fish, o DVD Roda Viva foi lançado no dia 15 de julho de 2011 no Circo Voador no Rio de Janeiro em um show com a participação do Dead Fish.
No
dia 26/05 o Raimundos lançou seu novo DVD no Opinião em Porto Alegre. No dia 14
de novembro de 2011, os Raimundos participaram do SWU Music
& Arts Festival 2011, pois ocorreu uma votação pela internet no site do
festival para a escolha de uma banda nacional e os Raimundos ficaram
na frente na preferência do público.
Muito legal e bem feita as informações sobre uma das melhores bandas de rock brasileiras, meus parabéns.
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